A UNTC-CS aproveitou o dia do trabalhador para chamar a atenção das autoridades para a fiscalização dos contratos precários celebrados pelas empresas em Cabo Verde e que, na opinião da central sindical, são uma forma encontrada pelas entidades empregadoras para driblarem a lei laboral. Nesse aspecto, a secretária-geral Joaquina Almeida denuncia a alegada ”inércia” e “inação” da Inspeção-Geral do Trabalho, entidade pública que, enfatiza, tem o dever de proteger os trabalhadores, fiscalizando e sancionando empresas violadoras dos direitos dos funcionários.
Numa mensagem a propósito do dia 1 de maio, a UNTC-CS reforça o apelo para o Governo criar medidas “assertivas” que permitam a integração dos jovens no mercado de trabalho logo após o fim do período de estágio profissional. Para essa instituição sindical, só assim se pode dar combate ao desemprego na camada jovem.
“E, no momento em que o desemprego jovem é uma preocupação, temos recebido várias denúncias e pedidos de orientações de pessoas que estão a perder os seus empregos”, frisa Joaquina Almeida, que exemplifica essa situação com o caso de uma jovem trabalhadora de uma padaria na cidade da Praia e que foi despedida, após 3 anos de serviço. Além disso acontecer neste momento complicado de pandemia, o caso ganha outro contorno, conforme a sindicalista, quando se sabe que a mulher em causa está grávida de seis meses. “Esta jovem mulher grávida de seis meses vai para o desemprego e, na sua condição de gestante, dificilmente conseguirá um outro trabalho rapidamente.”
A UNTC-CS usa esse episódio para ilustrar os problemas laborais existentes em Cabo Verde e reafirma o seu compromisso de continuar a lutar para salvaguardar os legítimos direitos e interesses dos trabalhadores cabo-verdianos. Neste dia 1 de maio, a instituição mostra-se particularmente solidária com todos os familiares vítimas da Covid-19 e aos trabalhadores que estão na linha da frente no combate ao coronavírus, lutando para salvar vidas.