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STSV afirma que trabalhadores da CV Handling laboram em cave infestada de ratos e baratas

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Os funcionários da empresa CV Handling estão a laborar em condições salubres, numa cave infestada de baratas e ratos, segundo a presidente interina do Sindicato dos Trabalhadores de S. Vicente. Maria Auxiliadora acrescenta que esses operários são afectados pela acumulação de gases e ruídos de equipamentos, o que configura um verdadeiro atentado à saúde dos contratados.

A responsável do STSV denunciou ainda a CV Handling por alegada discriminação no processo de enquadramento de trabalhadores, pela falta de diálogo entre a gestão e os colaboradores e por assédio moral na empresa.

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Questionada se a organização sindical efectuou uma visita à CV Handling para confirmar a veracidade dessa denúncia, a sindicalista respondeu que o STSV tem atendido vários trabalhadores e que a informação foi revelada nesses encontros por um funcionário dessa empresa. “E temos também sócios que pertencem à CV Handling e há muito tempo que os trabalhadores vêm fazendo referência a esse tipo de problemas laborais”, acrescentou Maria Auxiliadora numa conferência de imprensa realizada na sede da UNTC-CS na cidade do Mindelo. Perguntada ainda se o caso foi relatado à Inspeção-Geral do Trabalho, a dirigente sindical defendeu que cabe à IGT responder a essa questão. “Cabe às autoridades irem investigar essa denúncia”, considerou.

O STSV convocou a imprensa, segundo a presidente interina, para chamar a atenção das autoridades competentes para uma série de situações que têm afectado uma boa franja dos seus sócios devido ao aumento do preço dos produtos e por constantes violações dos seus direitos laborais. Além do caso da CV Handling, chamou a atenção para os marinheiros que, segundo Maria Auxiliadora, que estão preocupados com a violação sistemática e constante dos seus direitos e que se vêm impotentes para resolver os seus problemas. No caso dos professores afirma que a classe tem sofrido atrasos no pagamento dos seus salários, além da falta de enquadramento e de trabalharem com contratos precários.

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“Em relação ao pessoal da Saúde, muitos médicos terminam o estágio no hospital e não são contratados, mesmo sabendo que há carência de médicos em Cabo verde”, diz a presidente do STSV, assegurando que enfermeiros, técnicos d saúde, pessoal administrativo, ajudantes de serviços gerais também sofrem com a espera exagerada pr uma colocação após o estágio.

O STSV denunciou ainda o Ministério da Saúde pela redução arbitrária e abusiva do subsídio atribuído aos enfermeiros e condutores que acompanham os doentes evacuados de Santo Antão para S. Vicente.

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No sector industrial, prossegue a citada fonte, as condições de trabalho são péssimas, acrescidas com refeitórios sem condições e a falta de higiene e segurança no local de trabalho. Para piorar, diz, as entidades patronais não dialogam com os funcionários e nem permitem o diálogo entre os sindicatos e os trabalhadores.

Maria Auxiliadora deixou bem claro aos sócios do STSV que a organização tenciona levar as reivindicações ao mais alto nível, visto que em S. Vicente as autoridades ligadas a área do trabalho não realizam cabalmente as suas funções. Criado em 2022, STSV, segundo Maria Auxiliadora, já tem os documentos publicados no Boletim Oficial desde 1 de março deste ano. A organização vai trabalhar com trabalhadores de todas as áreas, mas evitou divulgar o número de sócios inscritos até agora. O certo, diz a presidente interina, que substitui Eurídice Lopes, é que houve um abrandamento da procura quando o STSV foi apontado pela União dos Sindicatos de S. Vicente como um sindicato ilegal.

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Kimze Brito

Jornalista com 30 anos de carreira profissional, fez a sua formação básica na Agência Cabopress (antecessora da Inforpress) e começou efectivamente a trabalhar em Jornalismo no quinzenário Notícias. Foi assessor de imprensa da ex-CTT e da Enapor, integrou a redação do semanário A Semana e concluiu o Curso Superior de Jornalismo na UniCV. Sócio fundador do Mindel Insite, desempenha o cargo de director deste jornal digital desde o seu lançamento. Membro da Associação dos Fotógrafos Cabo-verdianos, leciona cursos de iniciação à fotografia digital e foi professor na UniCV em Laboratório de Fotografia e Fotojornalismo.

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