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São Valentim na era da pandemia da Covid-19: Vendas fracas e restaurantes sem reservas

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No dia de São Valentim, que se assinala este domingo, 14 de fevereiro, o amor vai estar no ar um pouco por todo mundo, e em São Vicente também. É uma data especial para os apaixonados, mas principalmente para os amigos por celebrar antes de tudo a amizade. Mas este ano, à semelhança de outras festas importantes, vai ser à medida da pandemia da Covid-19, com limitações e sem grandes comemorações, principalmente com vendas muito fracas e sem reservas em muitos restaurantes.

O Mindelinsite abordou algumas pessoas sobre este dia dos namorados sui generis. A primeira constatação é que alguns restaurantes e espaços “in” do Mindelo não estão a fazer reserva para este dia por causa das limitações impostas pelas autoridades sanitárias. É o caso, por exemplo, do Pizza & Art. Evanilda Rodrigues, esposa do proprietário, confirma que não estão a aceitar reservas porque pretendem receber pouca gente. Mas o self service funcionará durante o dia e, à noite, haverá música ao vivo para animar os primeiros clientes que chegarem. “Este ano não estamos a fazer reservas porque temos poucas mesas e estamos receber pouca gente por causa dessa pandemia, temos de ter limite de pessoas no estabelecimento.”

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Para Eduino Duarte, tudo está mais difícil por causa da pandemia da Covid-19. Radical, este afirma que o dia dos namorados perdeu a graça e, por isso, não vai oferecer presentes. “O dia dos namorados está um pouco ‘canhambra’. Esta pandemia torna tudo mais difícil. Ainda estou a pensar mas, ao que parece, esse ano não vou oferecer presentes. Ja passei pelas lojas e vejo as mesmas coisas de todos os anos”. 

Idêntica percepção tem Silviane Fortes, para quem este ano não há nada de especial por causa das restrições. Também esta jovem diz ainda estar a pensar se compra ou não presentes porque não está nem um pouco entusiasmada. “A meu ver, este dia perdeu o conteúdo, perdeu tudo o que o caracterizava como sendo de romantismo.”

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Já Loly Fonseca afirma que, apesar deste ser um ano pandêmico, vai tentar manter a sua tradição de oferecer presentes a sua cara metade, mas decidiu ficar em casa e fazer algo tranquilo com o namorado. 

Esta apatia também se sente no comércio. Segundo Andreia Sofia, empregada numa loja chinesa na Avenida Baltasar Lopes, confessa que as vendas de produtos para o dia dos namorados estão fracas. Mesmo assim, não pretende deixar a data passar em branco. A jovem garante que a sua ‘cara-metade’ vai receber um presente diferente e especial.

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Os mais afoitos e que não quiseram ser surpreendidos por falta de opção aproveitaram esta semana para visitar e adquirir presentes únicos numa exposição-venda da artista Matilde Gomes, que está patente até domingo, 14, no Centro Cultural do Mindelo. Ao Mindelinsite, esta mostrou-se satisfeita com a procura, sobretudo por parte de homens, mulheres, jovens e menos jovens. “A pandemia, graças a Deus, não está me afetando em nada, porque procuro oferecer aquilo que as pessoas podem pagar”, afirmou.

Lidiane Sales (Estagiária)

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Constanca Pina

Formada em jornalismo pela Universidade Federal Fluminense (UFF-RJ). Trabalhou como jornalista no semanário A Semana de 1997 a 2016. Sócia-fundadora do Mindel Insite, desempenha as funções de Chefe de Redação e jornalista/repórter. Paralelamente, leccionou na Universidade Lusófona de Cabo Verde de 2013 a 2020, disciplinas de Jornalismo Económico, Jornalismo Investigativo e Redação Jornalística. Atualmente lecciona a disciplina de Jornalismo Comparado na Universidade de Cabo Verde (Uni-CV).

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