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Quebra de covato no Cemitério de SV: Vereador diz que obra de betão foi mal feita

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O vereador que responde pelo Pelouro dos Cemitérios em São Vicente reagiu à denúncia feita por familiares de Maria Antónia Santos, que se mostravam revoltados com a quebra do covato em que esta foi sepultada em 2021, afirmando que o betão foi mal construído e, com a cedência do terreno, a tampa quebrou. José Carlos descarta, por isso, qualquer acto de vandalismo.

Decorridos exactos sete dias sobre a publicação do desabafo dos familiares de Maria Antónia Santos, 87 anos, mais conhecida por Bia d’ Arlindo – em que pediam explicações à CMSV sobre a situação do covato, o vereador José Carlos emitiu uma nota, que apelidou de Direito de Resposta, para dizer que a noticia é toda ela imbuída de má-fé. 

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É que, segundo autarca, a primeira sepultura data de 26 de abril de 1988. Entretanto, prossegue, no dia 16 de setembro de 2021 esta foi aberta para realizar o enterro de um familiar de nome Maria Antónia Santos, facto que aconteceu há menos de um ano. “No passado mês de abril, os familiares contactaram um cidadão que fez obras no covato e, como o solo ainda não estava compactado, acabou por ceder”.

O vereador esclarece que se trata de uma construção de betão, ou seja, que não está sujeita a quebrar por si só. No entanto, argumenta, a tampa do covato foi feita no local e, a seu ver, ficou tecnicamente mal executada. Com a cedência do terreno, diz, esta acabou por partir-se e, conclui, “pela fotografia, é visível que não houve nenhum tipo de vandalismo”. 

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O vereador José Carlos aproveitou a reação para atacar o Mindelinsite ao dizer que recebeu apenas duas chamadas deste jornal e não “muitas tentativas” como referido no texto. Na verdade, conforme este diário fez questão de informar e atestar com os respectivos prints, foram quatro chamadas, sendo duas num dia e duas no dia seguinte.

Mas, mesmo que fosse uma chamada, se houvesse interesse, o vereador poderia retornar a ligação ou então enviar uma mensagem, como aliás já fez em outras ocasiões, sabendo ele que o telefonema era de uma jornalista. Tudo isso para esclarecer que o Mindelinsite foi apenas o porta-voz da indignação dos familiares da malograda, e não parte do acontecimento. Nunca houve e não há qualquer outro interesse por parte do jornal, que respeitou escrupulosamente as regras jornalística, ou seja, tentou fazer o contraditório e esperou pelo menos 24 horas antes da divulgação da notícia.

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Quanto ao Direito de Resposta, que fique claro que a legislação garante este direito quando não há contacto com a outra parte, e estipula um prazo para o mesmo. 

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Constanca Pina

Formada em jornalismo pela Universidade Federal Fluminense (UFF-RJ). Trabalhou como jornalista no semanário A Semana de 1997 a 2016. Sócia-fundadora do Mindel Insite, desempenha as funções de Chefe de Redação e jornalista/repórter. Paralelamente, leccionou na Universidade Lusófona de Cabo Verde de 2013 a 2020, disciplinas de Jornalismo Económico, Jornalismo Investigativo e Redação Jornalística. Atualmente lecciona a disciplina de Jornalismo Comparado na Universidade de Cabo Verde (Uni-CV).

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