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PJ alerta internautas para esquemas de burla e incentiva vítimas a fazerem denúncias

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A Polícia Judiciária alertou os internautas para dois tipos de crimes que, segundo a mesma, estão a circular na internet. O primeiro esquema, informa, é a burla envolvendo nome de figuras públicas e entidades de crédito nas redes sociais. O segundo é o acesso ilícito a contas por parte de criminosos, que utilizam outras de terceiros para receber transferências e depois proceder ao levantamento. Passo seguinte, os montantes são enviados para fora de C. Verde através de Western Union e Moneygram.

Referindo-se ao primeiro caso, a PJ revela que a burla com uso da imagem de figuras públicas tem vindo a acontecer com alguma frequência nos últimos tempos. Explica que o esquema se processa da seguinte forma: o criminoso cria um perfil falso nas redes sociais com o nome e fotografia de uma figura pública e, em seguida, publica anúncios oferecendo crédito sem juros, direcionado a pessoas que desejam investir em negócios ou em iniciativas próprias.

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Após o primeiro contacto, ao notar o interesse da potencial vítima, o dono do perfil falso solicita dados pessoais, números de telefone e de conta bancária, bem como o valor do empréstimo e a modalidade de pagamento pretendida, conforme o que foi publicitado. Agarrada a atenção do internauta, é-lhe pedido um pagamento inicial para o registo do processo e solicitado o respectivo comprovativo.

“Se a vítima realizar o pagamento para o nome e destino indicado (fora de Cabo Verde) através de Western Union ou MoneyGram, significa que acreditou na fraude. A partir daí, os criminosos continuam a exigir mais dinheiro para as etapas seguintes do processo, como validação, aprovação, desbloqueio da verba, activação da transação, etc.” Em cada uma destas etapas, prossegue a Judiciária, mais dinheiro é solicitado, criando uma operação interminável, até que a vítima perceba que foi enganada.

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Adverte a PJ que as abordagens podem ocorrer nas redes sociais ou através de plataformas como o WhatsApp, com o intuito de dar maior credibilidade à fraude.

No tocante ao esquema de acesso ilícito a contas bancárias e uso de contas de terceiros, a PJ explica que os criminosos costumam utilizar o número das contas vítimas para receber depósitos, que depois levantam e reencaminham para uma pessoa residente em país indicado pelos criminoso, através do Western Union ou MoneyGram. “Em suma, os criminosos utilizam a vítima e o seu número de conta como uma ‘ponte’ para receber transferências de dinheiro proveniente de contas ilicitamente acedidas”, diz a PJ.

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Perante este cenário, a Judiciária adverte as pessoas para nunca fornecerem dados pessoais ou bancários a desconhecidos, principalmente a nível online, e que não acreditem em promessas e propostas aparentemente vantajosas, independentemente da pessoa ou grupos que as faça. Outro aviso é que nunca utilizem dados bancários ou credenciais de acesso em páginas online, mesmo que pareçam legítimas, com logotipos, fotografias e outras informações de bancos ou entidades responsáveis pelos sistemas de pagamento (SISP).

Os detentores de contas devem ainda evitar sempre enviar códigos bancários, de SISP ou de redes sociais que tenha recebido por SMS. Se for solicitada alguma informação, diz a PJ, o mais prudente é ir directamente ao banco ou entidade competente para confirmar a veracidade do pedido. A polícia científica aproveita para incentivar as pessoas a denunciarem de forma imediata quaisquer actividades suspeitas.

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Kimze Brito

Jornalista com 30 anos de carreira profissional, fez a sua formação básica na Agência Cabopress (antecessora da Inforpress) e começou efectivamente a trabalhar em Jornalismo no quinzenário Notícias. Foi assessor de imprensa da ex-CTT e da Enapor, integrou a redação do semanário A Semana e concluiu o Curso Superior de Jornalismo na UniCV. Sócio fundador do Mindel Insite, desempenha o cargo de director deste jornal digital desde o seu lançamento. Membro da Associação dos Fotógrafos Cabo-verdianos, leciona cursos de iniciação à fotografia digital e foi professor na UniCV em Laboratório de Fotografia e Fotojornalismo.

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