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Pintura artística e renovação das salas da escola de Chã d’Cemitério avançam, mas sem apoio financeiro do Ministério da Educação

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A pintura artística do exterior da escola de Chã d’Cemitério e a remodelação das salas de aula tem estado a avançar, mas Baltasar Andrade diz que até agora o Ministério da Educação não desembolsou um centavo para ajudar a financiar a obra. Segundo o activista, a Delegação do ME foi informada da iniciativa há mais de três meses e, apesar de ser uma das principais beneficiárias da intervenção, ainda não comparticipou nas despesas.

“Esta intervenção está orçada em cerca de dois mil contos, mas já conseguimos até agora um pouco mais de quatrocentos contos. Quero realçar que, apesar da crise que temos estado a enfrentar, o povo de S. Vicente continua a ser solidário. Várias pessoas nos têm contactado e perguntado o que precisamos para realizar a obra. Vão e voltam com tinta, que, diga-se, é um produto caro”, enfatiza Balta, como este ex-emigrante é conhecido. Este acrescenta que a empresa Sita decidiu desta vez fazer um desconto considerável na compra desse material para o projecto.

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A renovação da escola, explica, envolve a pintura do exterior e interior, a renovação das salas e a construção de casas-de-banho. Esse trabalho, diz, envolve uma equipa de quinze artistas e outros trabalhadores. “Este trabalho não é só para as pessoas verem uma fachada linda. Procuro melhorar o funcionamento desta escola, que tem um significado especial para mim visto que foi onde fiz o ensino primário”, relata.

Desde que começou este trabalho, Balta tem estado a receber mensagens para fazer algo igual nas outras escolas do ensino básico. Adianta que já visitou vários estabelecimentos e concluiu que mais de 90 por cento precisa de remodelação. Deste modo, decidiu lançar o projecto “Uma escola de cada vez”, em parceria com a Biosfera I. E a próxima intervenção deverá ser na Escola Cor-de-Rosa, em Monte Sossego.

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Balta espera terminar o trabalho em curso na Escola de Chã d’Cemitério dentro de duas semanas com a ajuda que tem recebido de cidadãos comuns e empresas sediadas em S. Vicente. Porém, tudo indica que não irá contar com a ajuda financeira do Ministério da Educação neste momento.

Abordado sobre a crítica de Baltasar Andrade, o Delegado do ME refere que a referida escola tem o seu projecto e os seus parceiros. Além disso, o Ministério da Educação planeja fazer intervenções nas diversas escolas de S. Vicente por altura das férias, com base numa planificação.

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No tocante à Escola de Chã d’Cemitério, Jorge da Luz adianta que será colocado um gradeamento como uma das necessidades elencadas pela própria gestão do estabelecimento de ensino. “E estamos a fazer as démarches para o cabimento”, frisa o delegado do ME na cidade do Mindelo.

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Kimze Brito

Jornalista com 30 anos de carreira profissional, fez a sua formação básica na Agência Cabopress (antecessora da Inforpress) e começou efectivamente a trabalhar em Jornalismo no quinzenário Notícias. Foi assessor de imprensa da ex-CTT e da Enapor, integrou a redação do semanário A Semana e concluiu o Curso Superior de Jornalismo na UniCV. Sócio fundador do Mindel Insite, desempenha o cargo de director deste jornal digital desde o seu lançamento. Membro da Associação dos Fotógrafos Cabo-verdianos, leciona cursos de iniciação à fotografia digital e foi professor na UniCV em Laboratório de Fotografia e Fotojornalismo.

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