O taxista Mian Tavares cumpriu esta manhã a promessa de entregar uma carta à CMSV a exigir o cancelamento da “pensão miserável” atribuída a cada um dos dois filhos menores dele e da falecida esposa Cátia Cristina, vítima de acidente de viação, e outra missiva à Polícia Nacional para ser mais rigorosa no controlo das viaturas da autarquia de S. Vicente. Tavares escolheu executar essa missão hoje, dia que completa um ano da morte da esposa, que sofreu traumatismos pelo corpo após cair da caixa do camião dos serviços Espaços Verdes da Câmara de S. Vicente, junto a rotunda de Fonte Meio, no dia 27 de janeiro de 2021.
Tavares chegou a afirmar ao Mindelinsite que iria levar consigo os dois filhos menores nessa passagem pela CMSV e a PN, mas acabou por mudar de ideia e evitar expor as crianças. Isso, no entanto, não impediu-o de concretizar o seu intento, que era expor a dor da perda da esposa e exigir que a autarquia suspenda o depósito da pensão social devido aos dois filhos menores, no valor de 1.800 escudos para cada um. “Quero que eliminem essa miséria a que chamam de pensão. Se a Câmara não fizer isso vou eliminar a minha conta no banco e não terá como continuar a enviar-lhes esse dinheiro. Os meus filhos não são mendigos para receberem 1.800 escudos por mês. Ninguém consegue sobreviver com essa ninharia”, critica Mian Tavares.
Da parte da Polícia Nacional, esse taxista profissional pede uma fiscalização mais apertada às viaturas da autarquia mindelense, visto que, para ele, a CMSV continua a cometer transgressões ao código de estrada e que colocam em perigo os ocupantes das viaturas e os transeuntes.
Cumprida a promessa, Mian Tavares diz sentir-se mais aliviado, com a consciência de missão cumprida. “Este ano foi desgastante em termos emocionais. Agora vou deixar tudo nas mãos das autoridades e concentrar a minha energia no bem-estar dos meus filhos”, diz esse pai. Para ele, a justiça tem provas mais que suficientes para resolver esse caso.