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Pai indignado com atendimento dispensado a filha com sintomas de virose por enfermeira do hospital do Fogo

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Um pai emigrante acusou ontem uma enfermeira de negar atender a sua filha menor no hospital de S. Francisco, no Fogo, numa situação de emergência porque não estavam a usar máscara. Segundo Carlos “Anzolino” Veiga, essa profissional mostrou-se intransigente, mas notou que o segurança, o recepcionista e o próprio médico que viu a sua filha não estavam a portar máscara. “Outro pormenor interessante é que chegou um polícia com um preso, nenhum deles tinha máscara e foram atendidos sem quaisquer problemas”, acrescenta este cabo-verdiano radicado nos Estados Unidos da América.

Carlos Veiga conta que a filha foi atacada por uma virose, estava a arder em febre, tinha vómito e diarreia e decidiu leva-la ao hospital em S. Filipe, na ilha do Fogo. Ao chegar, diz, foi ter com uma enfermeira, que sequer respondeu ao cumprimento de “boa tarde”, tendo deixado claro de imediato que eram obrigados a usar máscara dentro do estabelecimento de saúde se quisessem ser atendidos. “Eu vivo na América há muitos anos, tomei 3 doses de vacina anti-Covid e a minha filha duas. Na América o uso da máscara é opcional e não estava ao corrente das regras em Cabo Verde. Mas o que me deixa indignado é a forma pouco profissional e falta de empatia da enfermeira perante um caso de emergência de uma criança”, comenta o pai.

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Este acrescenta que teve de comprar duas máscaras na cantina do hospital, regressou e ficou algum tempo a aguardar. Quando finalmente foram chamados pela enfermeira, prossegue, esta resolveu pedir a criança para explicar-lhe o que sentia. Só que a menina nasceu nos Estados Unidos e não entende o crioulo. Só após perceber isso, segundo Veiga, é que a enfermeira lhe perguntou o que a menina tinha. “Expliquei-lhe os sintomas, ela rabiscou um papel que largou em cima de uma mesa. Mais tarde um médico vasculhou a mesa e encontrou o papel. Perguntou-me se eu tinha seguro, respondi que deixei o documento na América e ficou zangado. Passou a receita e não me disse uma única palavra”, conta o emigrante, que se mostrou indignado com o nível de atendimento no hospital, mas fundamentalmente da referida enfermeira.

Este confirma que a filha foi atingida por uma virose, mas que já se encontra bem. Neste momento estão na Cidade da Praia, mas fez questão de denunciar o caso. Para ele, essa não é a forma mais humana de se tratar um pai com uma criança doente e numa situação de emergência.

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O Mindelinsite tentou entrar em contacto com o hospital do Fogo pelos telefones números 2812685 e 2812324, mas sem sucesso. O jornal fica à disposição do estabelecimento de saúde caso queira reagir a esta denúncia.

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Kimze Brito

Jornalista com 30 anos de carreira profissional, fez a sua formação básica na Agência Cabopress (antecessora da Inforpress) e começou efectivamente a trabalhar em Jornalismo no quinzenário Notícias. Foi assessor de imprensa da ex-CTT e da Enapor, integrou a redação do semanário A Semana e concluiu o Curso Superior de Jornalismo na UniCV. Sócio fundador do Mindel Insite, desempenha o cargo de director deste jornal digital desde o seu lançamento. Membro da Associação dos Fotógrafos Cabo-verdianos, leciona cursos de iniciação à fotografia digital e foi professor na UniCV em Laboratório de Fotografia e Fotojornalismo.

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