O veterinário João Santos alerta que o ovo, um produto bastante consumido em Cabo Verde, pode ser uma “bomba” para a saúde dos consumidores se for mal conservado. Segundo o gestor do aviário da Sociave, se esse alimento ficar a ser refrigerado e retirado consecutivamente do frigorífico pode tornar-se perigoso para o consumo humano e provocar problemas gastrointestinais e vómito.
“O ovo é um produto poroso, logo um meio de cultura de bactérias. Em primeiro lugar, as nossas mãos estão cheias de bactérias, que podem ser repassadas para a casca do ovo. Por outro lado, se o ovo chega ao mercado refrigerado e depois passa a ser vendido em mercearias, armazenado em sítios quentes, pode ser uma autêntica bomba para a saúde das pessoas”, alerta o veterinário.
Segundo esse técnico, é devido a esse processo de refrigeração, seguida de armazenamento à temperatura natural, ou em locais quentes, que se deve evitar fazer a importação do ovo. O produto, diz, pode ser conservado no frio, mas não é aconselhável ficar a retira-lo e a mete-lo de novo no frigorífico, provocando-lhe um choque térmico. Se o ovo for conservado ao ar livre, diz, deve ficar em local arejado.
Normalmente, o prazo de validade do ovo comercializado pela Sociave, empresa gerida por João Santos, é de um mês, sem refrigeração.