O ministro Abraão Vicente manifestou hoje apoio à limpeza do tanquim da Matiota por populares mindelenses que pretendem restituir essa antiga piscina à cidade e às crianças. A novidade foi dada por António Silva, promotor da iniciativa, após ser recebido pelo governante por volta do meio-dia.
Em conversa com Mindelinite, Silva disse que recebeu uma chamada do ministério para comparecer a um encontro com Abraão Vicente, contacto que serviu para explicar ao ministro a ideia e o trabalho a ser executado.
“Falei-lhe da história da Matiota e que o nosso objectivo é tão somente limpar esse espaço para que seja utilizado com mais tranquilidade pela população. Assegurei-lhe que não estamos a fazer obras, apenas a retirar os entulhos, que são depositados nessa mesma área”, explica Silva. Segundo este ex-Presidente da Associação para a Defesa dos Consumidores, o governante entendeu as explicações dadas e assegurou o aval do Ministério do Mar para continuarem essa intervenção popular. Além disso, Abraão Vicente combinou uma visita ao local hoje pelas 16 horas. No dia 25, acrescentou Silva, está prevista uma confraternização no local.
“Este apoio deixa-nos mais confiantes porque o Ministério do Mar tem uma tutela mais forte nessa área e não estamos a danificar o ambiente. Pudera se surgissem iniciativas populares do género em cada recanto deste país e pudessem contar com o envolvimento das autoridades”, comenta António Silva, para quem tudo é possível com diálogo. Questionado se os trabalhos de limpeza vão continuar neste domingo, Silva disse que cada cidadão é livre de querer limpar um local público, se achar por bem fazer isso.
Entretanto, resta ainda esperar a “não objeção” da Enapor e da Delegação do Ministério do Ambiente para o Instituto Marítimo e Portuário emitir a competente autorização para a contituidade dos trabalhos de remoção dos entulhos. Uma exigência da Capitania dos Portos depois de a Polícia Marítima ter parada a limpeza no passado domingo por falta de uma autorização do IMP. A intervenção policial ocorreu numa altura em que uma escavadora estava a ser usada para retirar o resto da areia que cobre essa pequena piscina pública construída ainda no tempo colonial.
