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Luís Gomes, activista do Sokols-2017, detido por alegada “desobediência e injúria” a agente da PN

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A Polícia Nacional deteve ontem à noite em S. Vicente o activista Luís Gomes, membro do movimento cívico Sokols-2017. A informação foi divulgada no Facebook do grupo e confirmada ao Mindelinsite por Salvador Mascarenhas, que já entregou o caso a um advogado.

Pelas informações que dispõe, Luís Gomes foi preso ao tentar filmar uma briga que ocorreu na praia da Lajinha na fila de entrada para uma festa. “Segundo o filho, houve uma confusão e ele pegou o telemóvel talvez com a intenção de filmar, mas isso não aconteceu porque o aparelho estava com apenas 1 por cento de carga. Foi logo abordado por agentes da PN, terá havido alguma troca de palavras entre eles e recebeu ordem de prisão”, conta o presidente do grupo Sokols, que está neste momento em Portugal.

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Entretanto, Maiuca Gomes, irmão do activista, explica que, conforme ficou a saber, um colega de Luís Gomes é que estava a filmar uma briga à entrada do recinto da festa quando foi impedido por agentes da PN. “Ao notar isso, Luís disse-lhe para pedir uma audiência com o Comandante da Polícia Nacional pelo facto de o estarem a impedir de filmar com o seu telemóvel. Minutos depois, os agentes resolveram deter o Luís, mas ele não resistiu“, relata. Segundo ainda Maiuca, o colega de Luís tentou registar essa detenção, mas foi também preso, tendo sido solto esta manhã. Já Luís Gomes continua encarcerado e será apresentado a um juiz amanhã.

Abordado pelo Mindelinsite, o Comandante da PN confirma que a Polícia Nacional deteve um cidadão no decorrer do serviço de policiamento na praia da Lajinha por “desobediência e injúria” a agente de autoridade. E nada mais acrescentou. Porém, Maiuca Gomes adiantou a este jornal digital que o irmão nega essa acusação.

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Para Salvador Mascarenhas, este caso pode suscitar um debate e esclarecimento sobre o registo da actividade dos agentes da PN na via pública, em Cabo Verde. Este diz constatar que os policiais tendem a impedir os cidadãos de os filmar, pelo que é preciso saber se isso tem base legal. A seu ver, há uma nebulosa sobre o assunto que precisa ser dissipada.

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Kimze Brito

Jornalista com 30 anos de carreira profissional, fez a sua formação básica na Agência Cabopress (antecessora da Inforpress) e começou efectivamente a trabalhar em Jornalismo no quinzenário Notícias. Foi assessor de imprensa da ex-CTT e da Enapor, integrou a redação do semanário A Semana e concluiu o Curso Superior de Jornalismo na UniCV. Sócio fundador do Mindel Insite, desempenha o cargo de director deste jornal digital desde o seu lançamento. Membro da Associação dos Fotógrafos Cabo-verdianos, leciona cursos de iniciação à fotografia digital e foi professor na UniCV em Laboratório de Fotografia e Fotojornalismo.

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