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Julgamento do assassinato de Carlos Duarte no Lameirão retoma no dia 3

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O julgamento do suposto assassino de Carlos Duarte, durante um tiroteio na zona do Lameirão em São Vicente, na segunda-feira após o Festival da Baía das Gatas, será retomado no dia 3 de novembro. A primeira sessão, realizada esta sexta-feira, foi suspensa por volta das 19h30, após a audição de várias testemunhos e de requerimentos, que demandavam decisão.

De acordo com um advogado ouvido por Mindelinsite, apesar dos vários depoimentos e requerimentos, não se trata de um caso complexo, pelo menos do ponto de vista processual. “O caso está a seguir as tramitações normais. Mas há muitas pessoas para serem ouvidas e houve alguns requerimentos, que demandam uma decisão. Com isso, perde-se algum tempo”, justificou.

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Este caso, refira-se, remonta a agosto de 2023, mais precisamente a noite do dia 16. Na sequência de tiroteio, Carlos Duarte, de 41 anos, foi atingido por tiro. Transferido de imediato para Hospital Baptista de Sousa pelo Bombeiros Municipais de São Vicente, não resistiu ao ferimento. 

O suspeito, que se pós em fuga, apresentou-se horas depois na esquadra da Polícia Nacional, acompanhado de um advogado. Mas nunca assumiu a autoria do disparo que tirou a vida ao malogrado. Entretanto, ouvido pelas autoridades judiciais, foi-lhe aplicado prisão preventiva.

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Tratava-se de um vizinho com quem Carlos Duarte teve uma discussão por causa de uma pá, de acordo com informações avançadas na altura pelo irmão da vítima. Rudson Duarte contava que o suspeito acusou a vitima de lhe roubar o seu instrumento de trabalho e este procurou a vizinho para se defender.

No calor da discussão, prosseguia, o alegado autor do disparo ameaçou Carlos Duarte com uma faca e este muniu-se de um objecto de ferro. O suposto homicida foi então até a sua casa, pegou uma pistola e disparou contra a vítima, que ainda pediu socorro à irmã antes de desfalecer.  

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Na ocasião, os familiares da vítima alegaram que o agressor terá tido ajuda de outras pessoas, no caso da namorada e de alguns amigos, que consideravam ser cúmplices do crime. Talvez por isso o número de pessoas ouvidas e os muitos requerimentos feitos pela defesa, o que demanda mais tempo. 

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Constanca Pina

Formada em jornalismo pela Universidade Federal Fluminense (UFF-RJ). Trabalhou como jornalista no semanário A Semana de 1997 a 2016. Sócia-fundadora do Mindel Insite, desempenha as funções de Chefe de Redação e jornalista/repórter. Paralelamente, leccionou na Universidade Lusófona de Cabo Verde de 2013 a 2020, disciplinas de Jornalismo Económico, Jornalismo Investigativo e Redação Jornalística. Atualmente lecciona a disciplina de Jornalismo Comparado na Universidade de Cabo Verde (Uni-CV).

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