Pub.
Escolha do EditorSocial
Tendência

Imagens de estabelecimentos encerrados pela IGAE no Mindelo e na Praia chocam os cabo-verdianos

Pub.

Cerca de 40 imagens de estabelecimentos encerrados pela Inspecção Geral das Actividades Económicas em Santiago, S. Vicente e no Fogo para proteger a saúde publica e a disseminação de doenças transmitidas por alimentos estão a chocar os cabo-verdianos. A publicação já suscitou cerca de 500 comentários, a maioria expressando repulsa. Mas há também pessoas que pedem uma fiscalização mais frequente deste serviço para inibir situações similares e de felicitações pelo serviço prestado. 

“Obrigado IGAE. Continuam a trabalhar pelo bem da nossa saúde. Os estabelecimentos devem ter mais respeito pelos clientes. Merecem multas por esta lixeira”, reage Sandra Rodrigues. “Credo, imagens chocantes e nojentas. Um verdadeiro atentado à saúde pública”, refere Henriqueta Soares. “Ainda há quem diga que é injusto o fecho de certos estabelecimentos. Como fica um consumidor que estará a espera para apreciar um bom produto final. Por favor analisem cada acto de fiscalizado antes de ajudar os donos que dizem ser penalizados! E nos os consumidores?” , interroga Jailson Delgado. 

Publicidade
Lixo

Há quem pede para a IGAE ir ainda mais longe. “Devem ainda fiscalizar alguns estabelecimentos onde as arcas frigorificas são desligadas todas as noites. Já viram o perigo que corremos com a descongelação diária dos alimentos que comprados e consumimos? Por esta razão eu escolho os asseados, mesmo que tenha de pagar alguns escudos a mais”, diz Ricardina Lélis. “Excelente trabalho, continuem porque tem mais …Os proprietários destes espaços estão a ler os comentários. Cambadas”, ajunta Leila Oriana.  

Outros há que pedem medidas drásticas, por exemplo, encerramento dos espaços e multa. “Encerramento não é suficiente, uma multa bem aplicada para que possam sentir o peso da justiça porque o dinheiro já o tem ganho”, diz João da Graça. Enquanto que Vanderley Delgado defende que “isto é falta de respeito. Não tem higiene não tem consideração perante as pessoas, mesmo com o nosso dinheiro. Trata-nos como animais. A IGAE está a fazendo um bom trabalho. Muitas vezes sentimos mal e não sabemos porquê. Continuam a trabalhar porque vocês estão de parabéns”.

Publicidade
Arca com produtos descongelados

Na nota de esclarecimento que acompanha as fotos, a IGAE diz que publica as imagens para proteger a saúde pública e a disseminação de doenças transmitidas por alimentos, que podem levar à morte, e que provocam grandes custos para os consumidores. “Todos os estabelecimentos encerrados são por falta grave de condições de asseio e higiene, presença de pragas, baratas, ratos e ratazanas, má conservação dos alimentos que levam a sua alteração e contaminação, motivadas por descuido dos operadores económicos visados, colocando em perigo a vida e saúde dos clientes”, diz. 

Segundo a IGAE, o sector alimentar, durante o quadro da Covid-19, não foi encerrado. Por esta razão, refere, devem cooperar com as autoridades e assumirem as suas falhas e cuidarem da saúde dos seus clientes, que devem também ser suas prioridades. Além do mais, acrescenta, convém informar que o encerramento tem abrindo oportunidades de negócios para as empresas de limpeza, higienização, desinfestação e desinfeção, que vem contribuindo grandemente para a proteção da saúde pública.

Publicidade

Em jeito de remate, a IGAE afirma que entende as manifestações de desagrado, porém a saúde pública continua a ser a sua prioridade. As acções de fiscalização foram realizadas pela IGAE, IGT e ERIS.

Fotos:IGAE

Mostrar mais

Constanca Pina

Formada em jornalismo pela Universidade Federal Fluminense (UFF-RJ). Trabalhou como jornalista no semanário A Semana de 1997 a 2016. Sócia-fundadora do Mindel Insite, desempenha as funções de Chefe de Redação e jornalista/repórter. Paralelamente, leccionou na Universidade Lusófona de Cabo Verde de 2013 a 2020, disciplinas de Jornalismo Económico, Jornalismo Investigativo e Redação Jornalística. Atualmente lecciona a disciplina de Jornalismo Comparado na Universidade de Cabo Verde (Uni-CV).

Artigos relacionados

Botão Voltar ao topo