A comoção tomou conta dos familiares e amigos do Segundo-Cabo Igor Júnior Costa e do Soldado Cleiton Rocha – dois dos oito militares mortos no acidente de viação ocorrido em Guindão -, na cerimónia fúnebre realizada esta manhã no pátio do Comando da 1. Região Militar, na ilha de S. Vicente. Quando as urnas foram levantadas por colegas dos malogrados e transportadas solenemente para o carro fúnebre, vários presentes não puderam conter as lágrimas de dor e tristeza.
Momentos antes, o Chefe de Estado Maior das Forças Armadas, o Contra-Almirante António Duarte Monteiro, entregou uma carta de condolência a parentes desses jovens que perderam a vida quando iam ajudar no combate aos incêndios florestais deflagrados nos perímetros de Serra Malagueta e Figueira das Naus. A viatura em que seguiam sofreu um despiste, que provocou a morte de oito dos ocupantes no dia 2 de abril. Um inquérito já foi instaurado pelas Forças Armadas para apurar a causa e eventuais responsabilidades.
Nascido a 25 de maio de 2002, Igor Costa incorporou as fileiras das Forças Armadas no dia 13 de setembro de 2021 no centro de instrução miliar Zeca Santos, no Morro Branco, em S. Vicente. Prestou juramento à bandeira no dia 31 de outubro do ano passado como soldado especializado da Polícia Militar, tendo prestado serviço na ilha de Santiago. Considerado um militar dedicado à causa da defesa nacional, este Segundo-Cabo acabou por perder a vida em missão de serviço, a caminho da Serra Malagueta, no interior da ilha de Santiago, na sequência do acidente com uma viatura militar.
O Soldado Cleiton Rocha nasceu a 16 de abril de 2002 na ilha de S. Vicente e entrou para o serviço militar no dia 12 de setembro de 2022. Passou a constar do corpo de instruendos da segunda incorporação do ano passado e fez o prestigiado juramento à bandeira no dia 6 de novembro passado.
Cleiton prestou serviço na terceira região militar na companhia dos Fuzileiros Navais. As Forças Armadas reconhecem nele um militar dedicado e que demonstrou grandes virtudes profissionais e pessoais que, tal como o colega Igor Costa, granjearam o respeito dos superiores e colegas.
Antes do enterro no cemitério municipal de S. Vicente, houve uma missa religiosa na igreja Nossa Sra da Luz conduzida por Dom Ildo Fortes. As cerimónias fúnebres foram acompanhadas pelo Primeiro-ministro, a ministra da Defesa, o Chefe de Estado das Forças Armadas, o edil da CMSV e a presidente da Assembleia Municipal de S. Vicente.