O emigrante Alfredo Cabral pretende levar a Electra perante a justiça devido ao tempo excessivo que a empresa está a levar para fornecer-lhe energia numa casa em construção em Chã d’Marinha, em S. Vicente. Este afirma que aguarda pela ligação há quase dois anos, apesar de ter pago cerca de 60 contos pelo serviço, e já esgotou a paciência.
Segundo esse cabo-verdiano residente na Noruega, o seu prédio fica a menos de 100 metros de um poste de transformação, mas a empresa tem estado a alegar falta de materiais, nomeadamente cabos, para fazer o trabalho.
“Acontece que paguei por esse serviço e já fiz mais de 30 contactos com a empresa para tentar desbloquear essa situação. Se fosse algo grátis podia até entender. Por isso pergunto o que fizeram com esse dinheiro?!”, reclama Alfredo Cabral, para quem esta demora prova a falta de organização da empresa ou, pior ainda, falta de consideração para com os clientes.
Na perspectiva do emigrante, o comportamento da Electra configura um roubo, por ter pago pelo serviço. Cansado de esperar, resolveu divulgar o sucedido na comunicação social e não descarta a possibilidade de levar o caso a tribunal.
Alfredo Cabral conta que começou a construir a sua casa faz cinco anos e que foi com muita dificuldade que conseguiu um contrato de luz de estaleiro. Neste momento, diz, a obra está parada porque faz quase dois anos que espera para ter energia disponível.
Este jornal tentou contactar a Electra, mas sem sucesso. Entretanto, em conversa extra oficial com um técnico, ficou a saber que a empresa tem estado a gerir vários pedidos de ligação energética e nem sempre consegue resolver os casos dentro do prazo normal. Este garante que é do interesse da Electra satisfazer os pedidos de todos os seus clientes, inclusive o deste emigrante.