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Docentes e funcionários da UniPiaget denunciam seis meses de salários em atraso 

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Funcionários e docentes da Universidade Jean Piaget de Cabo Verde procuram o Mindelinsite para denunciar seis meses de salários em atraso. Dizem que os atrasos se arrastam há muito tempo, mas agravaram-se com a nova administração da instituição e a contratação de um ex-governante, alegadamente para apoiar na gestão, por conta dos salários muitos elevados.  

Não é a primeira vez que os colaboradores da Universidade Jean Piaget de Cabo Verde procuram à imprensa para expor as dificuldades financeiras que a instituição enfrenta, que resultam em atrasos sistemáticos do pagamento dos salários. Mas, de acordo com fonte da instituição, a situação agora é mais complexa porque foi nomeado uma nova administração e alguns directores, com salários elevados, que agravaram a situação financeira da UniPiaget. 

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Neste momento temos uma administradora e uma reitora com salários de 300 contos. Se não inventaram um administrador fantasma para poder absorver um ex-governante com vencimento identifico. O mais caricato é que esta informação não é oficial dentro da UniPiaget, mas a pessoa em causa consta da folha de vencimento”, desabafa uma das nossas fontes.

Por conta disse, garante as nossas fontes, nenhum docente ou funcionário recebeu ainda os salários de 2022, diferente do alegado funcionário fantasma. “O suposto papel deste fantasma é apoiar a administradora a fazer as tarefas que esta não tem competência para fazer. Os funcionários estão a sofrer calados, pois implementaram um clima de medo e todos temem pelo seu emprego. Temos esperança em dias melhores, mas a situação no país só pior, com seca, pandemia e agora com o aumento vertiginoso dos preços causados pela guerra.”

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Em setembro do ano passado, os colaboradores da UniPiaget chegaram a agendar uma greve para o mês de outubro, com duração prevista de cinco dias, para reivindicar o pagamento dos salários em atraso. Na altura, de acordo com as nossas fontes, os funcionários e docentes receberam apoio dos actuais dirigentes da instituição para que houvesse mudança da reitoria. São estes que agora se calam. 

Por isso, dizem, resolveram denunciar esta situação para que os cabo-verdianos saibam o que se passa dentro da Universidade Jean Piaget. Dada a impossibilidade de ouvir a instituição hoje, o Mindelinsite promete tentar ouvir a versão da administração ou da reitoria da UniPiaget esta segunda-feira. 

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Constanca Pina

Formada em jornalismo pela Universidade Federal Fluminense (UFF-RJ). Trabalhou como jornalista no semanário A Semana de 1997 a 2016. Sócia-fundadora do Mindel Insite, desempenha as funções de Chefe de Redação e jornalista/repórter. Paralelamente, leccionou na Universidade Lusófona de Cabo Verde de 2013 a 2020, disciplinas de Jornalismo Económico, Jornalismo Investigativo e Redação Jornalística. Atualmente lecciona a disciplina de Jornalismo Comparado na Universidade de Cabo Verde (Uni-CV).

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