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Diácono considera “distorcidas” e “falsas” informações sobre “desaparecimento” dos cabo-verdianos na JMJ

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O diácono e assistente diocesano da juventude da Diocese de Santiago considerou hoje, em Lisboa, que são “distorcidas” e “falsas” as informações sobre o “desaparecimento” dos cabo-verdianos na JMJ, justificando que os números são “sem sentido”.

Em declarações à Inforpress, José Manuel Vaz disse que o Secretariado Diocesano da Juventude e a comitiva cabo-verdiana estão “completamente tranquilos” em relação às informações que foram divulgadas pela Diocese de Leiria e depois pelo Serviço de Estrangeiros e Fronteiras (SEF) de Portugal, de que quase 168 peregrinos cabo-verdianos não compareceram nas actividades da pré-Jornada Mundial da Juventude (JMJ).

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“Infelizmente, são informações totalmente distorcidas e simplesmente com muitos dados falsos. O que mais me dói, é que são informações que saíram de uma diocese, que não era esperado”, afirmou, apontando o dedo ao “jornalismo cabo-verdiano” que divulgou sem aguardar afirmações convictas de “quem as têm, de quem organizou e de quem sabe como as coisas estão”, apelando para que se faça um “jornalismo sério e de qualidade”.

Segundo o diácono, dos 913 peregrinos cabo-verdianos inscritos na JMJ, que decorreu em Lisboa de 01 a 06 de Agosto, inclui os da Diocese de Santiago (594), da Diocese do Mindelo (150), das congregações espiritanas (32), sendo que esses 32 peregrinos tinham as suas actividades particular na pré-jornada.

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Também havia nove da Escola Amor de Deus, sendo que desses, cinco têm nacionalidade portuguesa, e oito da Escola Mira Flores, e entre esses quatro têm nacionalidade portuguesa, para além dos 68 que são da diáspora, os 33 que estavam inscritos, mas desistiram na última hora e pediram o reembolso, e mais 19 que tiveram pedido de visto recusado.

José Manuel Vaz salientou que os da diáspora, inscreveram-se e viajaram de Cabo Verde, mas que vivem aqui, acrescentando que com medo de ficar sem espaço para viver os “dias das dioceses” e sem ter a certeza de que todos iriam ter visto, decidiram pagar na totalidade dos peregrinos para a pré-jornada.

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“Entretanto, os 49 peregrinos das congregações espiritanas, da Escola Amor de Deus e da Escola Mira Flores, decidiram viver a pré-jornada nas suas congregações. Também, da Diocese de Santiago, muitos decidiram ir para casa dos familiares, alegando que iam encontrar connosco no Entroncamento, Santarém”, indicou, acrescentando ainda que haviam três padres e duas religiosas que ficaram noutros espaços.

Por outro lado, o diácono esclareceu que haviam também 37 pessoas, que em concertação com o Secretariado da Juventude, ficaram em casas dos familiares, alegando questão de doenças respiratórias e que dormir nas condições que estavam, podia agravar a situação.

O outro pormenor, conforme o responsável religioso, no dia 30 de Julho, 94 peregrinos chegaram a Lisboa depois das 18:00 e para saírem do aeroporto já eram depois 20:00, por isso, em vez de irem à Leiria, em que teriam que pagar dois autocarros, 750 euros cada, e depois na manhã seguinte partirem para Santarém, decidiram que iam directamente para Santarém, através de comboio.

“É um número grande de pessoas que não podiam aparecer na Diocese de Leiria e não podiam fazer o ‘check-in’, por isso o número divulgado não faz sentido. O mais estranho é que a Diocese de Leiria tinha essa informação, porque pedimos o reembolso desses peregrinos que não podiam participar nos “dias das dioceses”, mas disseram que não era possível devolver, porque o dinheiro já estava alocado para outras despesas”, referiu.

No entender do diácono e assistente diocesano da juventude da Diocese de Santiago “quanto ao desaparecimento dos cabo-verdianos e angolanos foram declarações sem cabimento, porque vê-se logo que esses números não batem certo”.

“No que diz respeito às informações do SEF, também foi precipitado porque só depois do término dos 18 dias dados de visto para a maioria dos peregrinos é que podiam divulgar informação do género, porque controlam quem entra e quem sai. Uma pessoa não precisa estar no alojamento em grupo para participar na jornada”, sustentou.

O diácono precisou, no entanto, que entre 40 e 50 peregrinos têm vistos de três meses, um ano ou três anos que se não quiserem regressar em grupo, entre os dias 08 a 17 de Agosto, não há nada a fazer, porque elas vieram de forma autorizada com o visto.

Agência Inforpress

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Kimze Brito

Jornalista com 30 anos de carreira profissional, fez a sua formação básica na Agência Cabopress (antecessora da Inforpress) e começou efectivamente a trabalhar em Jornalismo no quinzenário Notícias. Foi assessor de imprensa da ex-CTT e da Enapor, integrou a redação do semanário A Semana e concluiu o Curso Superior de Jornalismo na UniCV. Sócio fundador do Mindel Insite, desempenha o cargo de director deste jornal digital desde o seu lançamento. Membro da Associação dos Fotógrafos Cabo-verdianos, leciona cursos de iniciação à fotografia digital e foi professor na UniCV em Laboratório de Fotografia e Fotojornalismo.

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