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Descendente  de cabo-verdianos consegue beneficiar centenas de pessoas através da OMCV ao longo de seis anos

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A descendente cabo-verdiana Nathalie Gomes inicia o ano da mesma forma que terminou, com mais uma remessa à Organização das Mulheres de Cabo Verde, fruto de arrecadações feitas em Luxemburgo, onde nasceu e vive. Esta filha de emigrantes conseguiu ao longo dos seis anos que tem parceria com a OMCV participar da maior parte dos projetos realizados pela instituição através de doações feitas.

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“Conseguimos vender neste Natal uma parte dos produtos que Nathalie enviou anteriormente e o valor contribuiu para a entrega de mais de centena de brinquedos a crianças desfavorecidas. Além disso, juntando aos produtos que são doados, conseguimos fazer centenas de pensos reutilizáveis com tecido enviado por Nathy, o valor das feiras contribuiu também na reestruturação de casas de banho, entre vários outros projetos”, garantiu a delegada da OMCV em São Vicente, Fátima Balbina Lima.

A intenção desta vez era participar nas doações feitas nas comunidades em São Vicente, fazendo a entrega diretamente com a OMCV, já que a ativista social se encontra na ilha a gozar alguns dias de férias, no entanto houve atraso no levantamento das encomendas. “Enviei muitas prendas para crianças – como mochilas, brinquedos e outros itens – e, como vou duas vezes ao ano a Paris, aproveitei para comprar tecidos para dar continuidade à produção de pensos higiénicos. Queria estar presente, participar e ver a cara das crianças quando fossemos entregar estes presentes, mas infelizmente viajo já e, como as coisas atrasaram, fica para a próxima vez que vier e tento antecipar o envio das doações”, lamenta a jovem.

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Os peditórios desta cidadã nascida em Luxemburgo, com raízes na ilha das montanhas, pai da localidade de Janela e mãe de João Afonso, acontecem nas redes sociais, na sua rede de amizades do quotidiano e no café do seu irmão; conta ainda com apoio da agência CaboLux, na Holanda, que é quem faz o envio da carga. Mesmo com as dificuldades em conseguir as doações na diáspora, como acontecia antes da pandemia, Nathalie pensa realizar brevemente novas campanhas. Por outro lado, abre mão de bens pessoais em favor desta causa.

Nathalie Gomes

“Há um site onde coloco à venda algumas coisas que a família não usa, já que tem sido cada vez mais difícil organizar-me como fazia antes da pandemia, pedindo através do bar do meu irmão. Ainda há uma jovem que me ajuda a partir do norte e evita assim que faça muitos quilómetros para ir buscar as doações. Quando vai ver a família, leva as coisas e deixa comigo”, acrescentou a jovem, que garante envolver nestas ações cabo-verdianos, portugueses e luxemburgueses.

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No início da pandemia, Nathalie Gomes, que trabalha na área da saúde, enviou alguns materiais de higiene e proteção, dando atenção às ilhas de Santo Antão e São Vicente. Nathalie colabora com a OMCV desde 2016, mas a sua trajetória de solidariedade com a terra onde nasceram os pais é mais antiga. Um trabalho que realiza sozinha, envolvendo uma rede grande de pessoas para poder alcançar a população mais financeiramente desfavorecida, com envios duas a três vezes por ano.

As pessoas, como sabem que faço este tipo de trabalho social, quando me encontram na rua perguntam do que preciso e às vezes digo o quê e o valor, mas prefiro que sejam elas a comprar o produto. Mesmo assim não deixo de apresentar os recibos e relatórios do destino dos itens comprados e doados.”

Nathalie Gomes promete continuar o trabalho social que realiza com a OMCV e com outras iniciativas sociais, em prol desta terra onde passa as férias desde criança.

Sidneia Newton

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Kimze Brito

Jornalista com 30 anos de carreira profissional, fez a sua formação básica na Agência Cabopress (antecessora da Inforpress) e começou efectivamente a trabalhar em Jornalismo no quinzenário Notícias. Foi assessor de imprensa da ex-CTT e da Enapor, integrou a redação do semanário A Semana e concluiu o Curso Superior de Jornalismo na UniCV. Sócio fundador do Mindel Insite, desempenha o cargo de director deste jornal digital desde o seu lançamento. Membro da Associação dos Fotógrafos Cabo-verdianos, leciona cursos de iniciação à fotografia digital e foi professor na UniCV em Laboratório de Fotografia e Fotojornalismo.

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