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Construção de escadaria na Rua d’Muralha divide moradores: “Obstáculo em caso de emergência”

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A construção de escadas no meio da única via da Rua d’Muralha, na cidade do Mindelo, está a dividir a opinião dos moradores. Há quem veja essa obra como um obstáculo à circulação de viaturas, nomeadamente em caso de emergência, mas para outro residente a altura dos degraus não vai criar nenhuma dificuldade a uma ambulância, táxi ou um carro-bombeiro. Trabalhadores abordados por este jornal são também desta última opinião.

Para Eduardo Maurício, que mora no ponto mais alto dessa rua, as escadas vão criar dificuldades tanto aos carros como aos moradores mais velhos, que terão agora que carregar, por exemplo, as suas compras. No seu ponto de vista, essa obra vai impedir os carros de usarem normalmente essa via e os residentes de usufruirem das suas garagens, como é o seu caso. “Se há um caso de emergência médica ou um incêndio como ficamos? Quero chamar a atenção da Câmara Municipal de S. Vicente para estas questões. Há quem veja essa obra como uma atração turística, mas outros moradores estão mais preocupados com questões práticas e a segurança”, frisa Maurício.

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Na perspectiva de Chala, nascido e criado nessa zona, as escadas não vão criar constrangimentos porque os degraus são muito baixos. Este recorda que existia uma escadaria nessa rua, cujos degraus eram praticamente da altura de um bloco, coisa que, diz, já não acontece neste caso. “Esta rua é chamada de Rua d’Muralha ou Rua d’Escadinha, isto diz tudo sobre a sua história. E lá em cima há um miradouro que nos dá o acesso à baía do Porto Grande e que era muito procurado por turistas e visitantes de outras ilhas. Além disso, a escada evitava o trânsito nesta zona que antes tinha uma igreja Protestante e agora tem o templo da Igreja Universal”, explica Chala. Este enfatiza que muitos crentes ainda continuam a usar essa rua. A seu ver, é normal que alguns moradores estejam preocupados, mas entende que a altura das escadas não vai impedir a entrada de um carro-bombeiro ou uma ambulância.

Trabalhadores asseguraram à reportagem do Mindelinsite que o nível das escadas será de aproximadamente 5 centímetros e que a obra terá um design artístico. Estes não sabem quando o trabalho estará concluído. Apesar das tentativas deste jornal, foi impossível obter informações junto da Câmara de S. Vicente sobre o projecto.

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Kimze Brito

Jornalista com 30 anos de carreira profissional, fez a sua formação básica na Agência Cabopress (antecessora da Inforpress) e começou efectivamente a trabalhar em Jornalismo no quinzenário Notícias. Foi assessor de imprensa da ex-CTT e da Enapor, integrou a redação do semanário A Semana e concluiu o Curso Superior de Jornalismo na UniCV. Sócio fundador do Mindel Insite, desempenha o cargo de director deste jornal digital desde o seu lançamento. Membro da Associação dos Fotógrafos Cabo-verdianos, leciona cursos de iniciação à fotografia digital e foi professor na UniCV em Laboratório de Fotografia e Fotojornalismo.

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