Alunos da escola Semião Lopes participaram esta manhã na plantação de aproximadamente cinquenta árvores e plantas ornamentais no pátio do estabelecimento de ensino básico da Bela Vista, que foram fornecidas pela Câmara de S. Vicente para assinalar o dia mundial da árvore e da floresta. Segundo Carla Monteiro, vereadora do pelouro do Ambiente, a iniciativa visa introduzir algumas espécies arbóreas e arbustivas nesse espaço e ao mesmo tempo despertar a consciência das crianças para a importância da árvore e da água, em particular nas cidades. A sua expectativa é que esses alunos saibam cuidar desses seres e possam multiplicar esse gesto plantando árvores em frente às suas residências.
“Escolhemos esta escola porque tem um pátio grande, mas com poucas árvores. Faz todo o sentido plantarmos estas árvores, que vão ornamentar este espaço e ajudar a criar um microclima específico. Além disso, quando crescerem vão fornecer zonas de sombra”, justifica a vereadora.
No total, o viveiro da Câmara de S. Vicente disponibilizou doze árvores das espécies Bela-sombra e Neem e cerca de trinta ornamentais das espécies Ângelo Lima, Bispo e Cardeal. Para o gestor, esta intervenção vai valorizar o pátio e reforçar o projecto “Escola amiga do ambiente e promotora das artes” que o estabelecimento tem em curso. “Esta acção veio mesmo a calhar. Ter a Câmara de S. Vicente como parceira é uma mais-valia porque vai-nos ajudar a mostrar aos alunos a importância da árvore para o planeta”, comenta Nilton Duarte, que há três anos gere a referida escola.
O gesto da Câmara de S. Vicente acontece na véspera da comemoração do dia mundial da árvore e da floresta, que se celebra amanhã, e numa altura em que a edilidade está preocupada com a destruição dos espaços verdes um pouco por toda a ilha. Como informa Carla Monteiro, a autarquia plantou cerca de 5000 espécies arbórea, arbustiva e herbácea em 2018, mas só 60 por cento terão sobrevivido a actos de vandalismo. Pessoas que, segundo a vereadora, destroem as árvores ou roubam pura e simplesmente as plantas, como aconteceu, por exemplo, no Lazareto onde destruiram as folhas de vários coqueiros. Preocupada com essa atitude, que contraria o esforço da edilidade em expandir as áreas verdes, a vereadora pede as pessoas para contactarem o viveiro da CMSV caso precisem de plantas em vez de andarem a danificar os canteiros e a cortar árvores. Como relembra, o valor de uma árvore vai além da estética e embelezamento. Melhora o clima, proporciona condições de reprodução de pássaros, ameniza a temperatura ambiente, reduz a luminosidade e o impacto do vento.
Kim-Zé Brito
