O edil Augusto Neves tem conhecimento das fissuras no monumento “Posse”, mas, a seu ver, esse e outros problemas de manutenção dos emblemas da cidade do Mindelo devem ser tratados com a ajuda dos próprios artistas.
Pedido para reagir ao alerta lançado por Ró d´Interart sobre a precariedade do monumento dedicado aos navegadores portugueses Gago Coutinho e Sacadura Cabral, que corre o risco de desabar, o presidente da CMSV defende que cabe também aos artistas juntarem esforços com a autarquia na procura de soluções e financiamento. “É fácil apontar o dedo à CMSV por tudo, mas temos de contribuir. Devem chegar à Câmara e dizer ´temos este problema e estamos dispostos a ajudar neste ou noutro sentido´. Temos de estar cientes de que o monumento é desta cidade, que nos pertence a todos”, frisa Augusto Neves.
Conforme o autarca, “Posse” está a sentir o impacto do intenso movimento rodoviário na Avenida Marginal e do peso exagerado de veículos, nomeadamente atrelados. “Se formos ver na lei, estão ultrapassando a tara e o peso bruto. São veículos que passam constantemente por essa rotunda e não há monumento que aguente”, comenta.
Segundo o autarca, a CMSV tem um projecto interessante de manutenção dos monumentos, mas, adverte, o município ainda continua a enfrentar os efeitos económicos da pandemia. Neves lembra que houve uma redução da actividade comercial, que teve impacto na captação de impostos. “E a Câmara vive dos impostos”, afirma.
Mesmo assim, assume que é do interesse da edilidade manter os seus monumentos em bom estado e recuperar o mural pintado numa parede em Fonte Meio. O edil informa que já foi resolvido o problema da drenagem da água que costumava infiltrar-se nessa parede, construído um passeio e o próximo passo será refazer essa pintura, que retrata os vários aspectos sociais, económicos e culturais da cidade do Mindelo.