Catorze homens, com idades que vão dos 18 aos 59 anos, foram detidos na cidade da Praia, todos por suspeita da prática de vários crimes de agressão sexual, abuso sexual de crianças e sexting – envio de mensagens e imagens eróticos pela internet – contra menores. Entre as alegadas vítimas encontra-se uma criança de dois anos. Conforme a Procuradoria-Geral da República, o grupo foi capturado fora de flagrante delito no âmbito da investigação de doze autos de instrução registados na Procuradoria da Comarca da Praia.
Os arguidos, que residem em vários bairros da Capital, terão praticado os crimes em diversas datas. Submetidos ao primeiro interrogatório judicial, e em conformidade com o requerimento do Ministério Público, sete dos envolvidos ficaram em prisão preventiva e os outros sete com proibição de contacto e aproximação com as ofendidas e ainda apresentação periódica às autoridades.
O suspeito mais velho, 59 anos, está indiciado da prática de 20 crimes de agressão sexual com penetração e outros 15 delitos de abuso sexual agravado perpetrados contra a própria filha. Ele é um dos sete arguidos que ficaram em prisão preventiva. Os outros casos em que o juiz determinou esta medida de coação envolvem um jovem de 26 anos que terá cometido 2 crimes de agressão sexual contra uma menina de 13 anos de idade, sua vizinha; outro arguido da mesma idade também teve a mesma medida pela suposta prática de crimes sexuais contra uma criança de 12 anos, sua prima; um terceiro, de 29 anos, foi enviado para a cadeia por violência sexual contra uma adolescente de 13 anos, sua vizinha; um quarto suspeito de 30 anos ficou preso por violar uma menor de apenas dois anos de idade, enquanto outro acusado de 30 anos terá praticado o mesmo crime contra uma sobrinha de 9 anos de idade.
O arguido de 18 anos, estudante do ensino secundário, é indiciado de abuso sexual de criança, cometido contra uma menor de 13 anos, também aluna da mesma escola. Ficou proibido de contactar e de se aproximar da vítima. Outro aluno de 19 anos, do mesmo estabelecimento de ensino secundário, ficou sujeito a igual medida de coação devido ao seu alegado envolvimento sexual com uma colega de 15 anos.
Um taxista de 28 anos ficou a aguardar julgamento também em liberdade pelo suposto abuso sexual de uma menor de 14 anos. Já um jovem de 29 anos, suspeito da prática de sexting contra uma menor de 14 anos, sua vizinha, ficou também impedido de contactar e de se aproximar da ofendida. O mesmo crime terá sido cometido por um empresário de 46 anos, igualmente contra uma menor de 14 anos, tendo ficado com proibição de contactar a vítima e apresentação periódica às autoridades.
