Pub.
B3Social

Bilhetes para o Carnaval: Compradores fazem fila de madrugada e criticam organização

Pub.

A procura por um bilhete das bancadas na Rua de Lisboa e Rua Machado, para assistir o show do Samba Tropical e o desfile oficial do Carnaval, provocou uma fila enorme junto ao estádio Adérito Sena esta manhã e não faltaram reclamaçoes sobre a falta de organização e de segurança na área. Varias pessoas estavam inconformadas com o comportamento de individuos que estariam a “furar” a fila nos pontos mais próximos à bilheteira e outros que alegadamente compraram ingressos mais que uma vez.

Apesar da presença de agentes da PN, houve pessoas que tentaram ludibriar a seguranca e entrar de forma desleal na fila. O jornalista do Mindelinsite testemunhou uma dessas situaçoes, que foi prontamente resolvida por um policial.

Publicidade

No entanto, como reconheceu um dos agentes e o próprio Nuno Sergio, da Staff Promo, era quase impossivel controlar cada ponto da alongada fila, que se estendeu do centro de Estagio da FCF à ponta do campo Carlos Alhinho, durante horas. Aliás, a corrida aos bilhetes levou um numero considerável de pessoas a pernoitar no local. Houve quem tenha ido ás 21 horas e outras que marcaram fila por volta das 3 horas da madrugada. E o caso de Osvaldo Lopes, que saiu de uma festa e foi logo para o local. “Quando cheguei já encontrei uma fila que ia ate a porta do campo da Fontinha”, assinala. Segundo Fortes, a venda dos ingressos comecou ás 8 da manha, mas houve alguma perturbacão inicial.

Para poder garantir um bilhete, Alcinda enviou alguem da familia para a fila ás 3 da madrugada, que foi depois render. Segundo esta fonte, houve alguma contestação porque começaram a dar prioridade a pessoas idosas quando, na sua opiniao, isso nao podia acontecer. “Aqui nao se trata de um servico publico essencial – como na Electra, bancos ou Correios -, mas sim um caso de divertimento“, diz Alcinda, que concorda com a instalação de bancadas. A seu ver isso ajuda quem quer ver o Carnaval com conforto e as familias com crianças. No entanto acha que e preciso haver um outro sistema de venda de bilhetes.

Publicidade

O bailarino Marcio chegou ao centro de estagio por volta das 4 da madrugada. Dez horas ainda estava a uma certa distancia da bilheteira e nao escondeu a sua revolta. “Quando cheguei havia uma fila que, entretanto, cresceu assim que começaram a vender bilhetes. Algo nao bate bem nesta estória”, comenta o jovem, que critica a organizaçao. Para ele houve pessoas que aproveitaram a falta de segurança para fazer o que bem quiseram.

Segundo Nuno Sérgio, responsável da empresa Staff Promo, o pessoal começou a vender os bilhetes cinco minutos depois da hora estipulada, mas fica complicado controlar toda a extensão da bicha. “Ha uma grande procura e, se alguém comprar e voltar a colocar na fila, não podemos saber”, frisa Nuno. Segundo este gestor, foram colocados quase 3 mil bilhetes a venda, sendo 1500 para o desfile do Samba e os restantes para o dia do desfile oficial. Os ingressos para a Rua de Lisboa custam 1500 escudos e os para a Rua Machado vendidos a mil escudos cada.

Publicidade

Mostrar mais

Kimze Brito

Jornalista com 30 anos de carreira profissional, fez a sua formação básica na Agência Cabopress (antecessora da Inforpress) e começou efectivamente a trabalhar em Jornalismo no quinzenário Notícias. Foi assessor de imprensa da ex-CTT e da Enapor, integrou a redação do semanário A Semana e concluiu o Curso Superior de Jornalismo na UniCV. Sócio fundador do Mindel Insite, desempenha o cargo de director deste jornal digital desde o seu lançamento. Membro da Associação dos Fotógrafos Cabo-verdianos, leciona cursos de iniciação à fotografia digital e foi professor na UniCV em Laboratório de Fotografia e Fotojornalismo.

Artigos relacionados

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Botão Voltar ao topo