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Quebrar o “compasso” da Covid-19 em S. Vicente

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Por: Jeffry Lima

São Vicente, terra que viu nascer a diva dos pés descalços Cesária Évora, marcada pela sua beleza inconfundível, pela musicalidade e festividade e tendo como cartão postal a imagem do Monte Cara. A segunda ilha mais populosa de Cabo Verde, localizada no grupo Barlavento a noroeste do arquipélago, é hoje o epicentro da Covid-19 em Cabo Verde. Terra conhecida pela força e coragem do povo que, nos dias de hoje, vive momentos de aflição e preocupação no seio das famílias afetadas pelo novo coronavírus. Mindelo, a capital da ilha, vive segundo a máxima “se nô tem ou catem nô ta ba ta guenta” como diz a cantora Jennifer Solidade.

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Mas, afinal, onde quero eu chegar? Venho sugerir que tenhamos mais consciência social, respeito ao próximo e evitar comportamentos de risco que contribuam para a propagação do vírus na ilha que todos conhecemos por ser “sab pa caga”, ou seja, a sua “boa vibe”.

Os sãovicentinos são conhecidos pelo apreço pelo convívio social, mas neste momento a situação sanitária na ilha requer a colaboração de todos para impedir a disseminação do vírus e evitar mais óbitos. É importante frisar que todos devem seguir as recomendações das autoridades de saúde, principalmente no que tange ao recebimento dos resultados dos testes PCR, que tem gerado uma frequente aglomeração de pessoas no Centro de Estágio. Neste momento, a ilha conta com um número elevado de casos positivos, somando mais de 200 activos.

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Este elevado número de doentes deveu-se ao descumprimento das normas sanitárias durante a quadra festiva, às festas ilegais e aglomerações em bares, bancos, instituições comerciais e entre outras. Fruto desses descumprimentos verificaram-se casos onde foram diagnosticados um número grande de infetados de uma mesma família ou grupo de amigos.

Venho apelar à juventude responsabilidade e civismo para respeitar as recomendações, manterem-se nas suas residências e protegerem seus familiares que possam ter fatores de risco capazes de agravar a doença. Peço que tenham um comportamento à altura da situação para que a ilha reverta a situação epidemiológica da Covid-19. Lembrando que o futuro do país está na mão da juventude e nela reside a esperança num futuro melhor para a nossa nação.

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Kimze Brito

Jornalista com 30 anos de carreira profissional, fez a sua formação básica na Agência Cabopress (antecessora da Inforpress) e começou efectivamente a trabalhar em Jornalismo no quinzenário Notícias. Foi assessor de imprensa da ex-CTT e da Enapor, integrou a redação do semanário A Semana e concluiu o Curso Superior de Jornalismo na UniCV. Sócio fundador do Mindel Insite, desempenha o cargo de director deste jornal digital desde o seu lançamento. Membro da Associação dos Fotógrafos Cabo-verdianos, leciona cursos de iniciação à fotografia digital e foi professor na UniCV em Laboratório de Fotografia e Fotojornalismo.

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