Por: Silas Leite (ENAF)
Nunca líder algum da edilidade de S. Vicente tratou de forma tão indigna e hostil a escola ENAF como o atual presidente Augusto Neves. Ainda que escassos, todos os seus antecessores apoiaram em recursos os planos e projetos da ENAF. E não só, a Câmara Municipal de S. Vicente nas lideranças de Onésimo Silveira e de José Faria integrou a escola de natação nos seus planos de desenvolvimento, para além da atribuição de quase 5.000 m2 de terreno para a construção de um centro de piscinas e outras atividades hidroterapêuticas. Intento gorado, entretanto, por decisão política da então presidente Isaura Gomes.
Assim como a CMSV, enquanto instituicão–chapéu no desenvolvimento da superfície terrestre da ilha de S. Vicente, também a ENAF está presente no desenvolvimento dos valores da prevenção de acidentes de afogamento no meio aquático. Sem contar com as demais valências, só isso seria já motivo para a Câmara de Augusto Neves ter a ENAF como imensurável parceiro na proteção civil e desportos aquáticos. Ele também já interpreta à letra como tantos outros os nobres desígnios da ENAF, mas é muito provável que motivações outras possam estar por trás desta atitude hostil e indigno.
Toda a ação de proximidade institucional com ele tem registo zero. Das várias audiências, ele próprio propôs em 2018 um protocolo de parceria, cuja versão zero foi-lhe enviado logo a seguir. Até então sem qualquer resposta. Os projetos de atividades, também, nada! Nem pedidos de pareceres, como o que se refere ao processo de solicitação do estatuto de utilidade pública da ENAF tem escapado ao menosprezo do Sr. Presidente Augusto Neves.
Senhoras e senhores, tal como a Pfizer, uma vacina anti–Covid, a natação é uma vacina anti–afogamento!
Afinal, valeu ou não a pena os quase 23 anos de percurso da ENAF? Mais de 150 instrutores formados; mais de 2.000 novos aprendizados em natação; vários estudantes em Portugal nas formações profissionais; vários estudantes universitários em intercâmbio cultural e experiência de trabalho nos EUA, ambos conquistas de parcerias internacionais, etc., etc.
No capítulo desportivo: surgimento de associações regionais e da Federação Cabo-verdiana de Natação e que já deu como bom resultado a participação de 2 nadadores nos últimos Jogos Olímpicos e já com medalhas nos Jogos Africanos.