Mais de 123 mil eleitores são-tomenses são chamados este domingo às urnas para escolher o próximo chefe de Estado do país. Na corrida à presidência da República estão 19 candidatos, nesta que já é considerada as eleições mais concorridas de sempre na história de São Tomé e Príncipe.
De acordo com o porta-voz da Comissão Eleitoral Nacional, Victor Correia, haverá 304 assembleias de voto, 286 em São Tomé e Príncipe e 18 na diáspora, e a votação irá decorrer entre as 7 e as 17 horas. “Se às 17 horas ainda estiverem eleitores nas filas serão distribuídas senhas para que possam votar. Ninguém vai ficar sem votar”, garantiu Victor Correia.
Estas eleições presidenciais serão fiscalizadas por quatro missões de observação, sendo uma União Africana, outra da Comunidade Económica dos Estados da África Central, ainda uma Estados Unidos e outra do Japão.
Recorde de candidaturas
A escolha do próximo presidente de São Tomé e Príncipe marca um novo recorde de candidatos na corrida ao mais altor cargo da Nação, 19, facto considerado pelo sociólogo Olívio Diogo uma “banalização” da figura do PR. “Esta situação que estamos a viver com 19 candidatos é incomum para um país com menos de 200.000 pessoas, poderá ter influência naquilo que são os efeitos que queremos transmitir numa eleição presidencial”.
Já o presidente da Rede Pan-africana da Juventude de São Tomé e Príncipe, Romylson Silveira, afirma que as19 candidaturas revelam “que o país tem uma democracia viva”, porém demonstram também “um desgaste dos políticos tradicionais”.
São Tomé e Príncipe é considerado como um dos países mais pobres do mundo e também um dos mais endividados. Grande parte do Produto Interno Bruto (PIB) é assegurado pela comunidade internacional. Esta eleição presidencial decorre num contexto de crise económica e social, agravada pela pandemia de Covid-19, que obrigou o país a fechar portas aos turistas, uma das principais fontes de rendimento.
C/RFI.fr