O comandante da polícia do Irão ameaçou, esta quarta-feira, usar “toda a força” contra os manifestantes que se mantêm há 12 dias em protesto contra a morte de Mahsa Amini, 22 anos, que faleceu depois de ser presa em Teerão. A jovem, natural do Curdistão iraniano, morreu no dia 16 de setembro, três dias depois de ter sido presa sob a acusação de não levar o cabelo tapado, desrespeitando uma das normas mais estritas respeitantes ao código de vestuário imposto às mulheres na República Islâmica do Irão desde 1979.
As manifestações, que entraram no seu décimo segundo dia consecutivo, terão provocado 60 mortes, segundo a imprensa internacional, o que contraria os dados oficiais do Governo do Irão, que fala em dez vítimas mortais.
O balanço pode aumentar, caso a ameaça do comandante da política iraniana ser levada ao pé da letra. Em comunicado, o oficial afirma que os inimigos da República Islâmica do Ir!ao e alguns desordeiros procuram perturbar a ordem e a segurança da nação utilizando todos os pretextos. “Os agentes da polícia vão mostrar força contra as conspirações contra-revolucionárias e aos elementos hostis e vão agir contra aqueles que perturbarem a ordem e a segurança, em todo o país”, disse ainda o responsável no mesmo documento citado pela agência Fars.
C/ Jn.pt