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Nova Diretora da OMC quer promover acesso dos países pobres às vacinas da Covid-19

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A recém-eleita diretora da Organização Mundial do Comércio (OMC), que toma posso no próximo dia 01 de março, a nigeriana Ngozi Okonjo-Iweala quer abordar a crise económica e de saúde que abala o planeta. Seus objetivos imediatos passam por garantir que as vacinas sejam produzidas e distribuídas em todo mundo, e não apenas nos países ricos.

Okonjo-Iweala promete ainda resistir ao estímulo do protecionismo, que se agravou durante a pandemia da Covid-19, para que o livre-comércio possa ajudar na recuperação econômica. “Acredito que a OMC é importante demais para permitir que seja desacelerada, paralisada e moribunda”, declarou à AFP em uma entrevista. “Isso não está certo”, frisou esta nigeriana, que assumirá a OMC ofuscada, especialmente pela aberta das hostilidades do governo do ex-presidente americano Donald Trump.

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O antecessor da nigeriana, o brasileiro Roberto Azevêdo, renunciou em agosto de 2020 em meio aos problemas enfrentados pela organização, incluindo a ação dos Estados Unidos da América. Washington paralisou o tribunal de solução de controvérsias em dezembro de 2019 com reclamações sobre a gestão das divergências com a China.

Eleita pelos países-membros na segunda-feira, 15, depois que o governo de Joe Biden respaldou sua candidatura, Okonjo-Iweala prometeu injetar uma vida nova no organismo comercial que, afirma, perdeu o foco em ajudar a melhorar as condições de vida das pessoas. “Acredito que a OMC pode contribuir com mais força para a resolução da pandemia, ajudando a melhorar o acesso e a disponibilidade de vacinas para os países pobres”.

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Impulso às vacinas

“É do interesse de todos os países que todos sejam vacinados porque você não estará seguro até que todos estejam seguros“, declarou Okonjo-Iweala.

Alguns países, como Índia e África do Sul, pressionam para a suspensão das normas comerciais das patentes, o que permitiria uma distribuição mais rápida das vacinas. No lugar de ficar paralisada em outra disputa entre os países-membros da OMC, porém, Okonjo-Iweala disse que a organização poderia promover uma via mais rápida.

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Em vez de perder tempo discutindo, devemos olhar para o que o setor privado está fazendo”, com acordos de licenciamento, para permitir que as vacinas sejam produzidas em vários países – algo que ela observou que o laboratório AstraZeneca já fez na Índia. “O sector privado já procurou uma solução, porque quer fazer parte da chegada aos países e pessoas pobres”.

Além disso, a OMC deve trabalhar para evitar a tendência a restringir as exportações de produtos médicos e terapêuticos, incluindo vacinas.

C/Correio Braziliense

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Constanca Pina

Formada em jornalismo pela Universidade Federal Fluminense (UFF-RJ). Trabalhou como jornalista no semanário A Semana de 1997 a 2016. Sócia-fundadora do Mindel Insite, desempenha as funções de Chefe de Redação e jornalista/repórter. Paralelamente, leccionou na Universidade Lusófona de Cabo Verde de 2013 a 2020, disciplinas de Jornalismo Económico, Jornalismo Investigativo e Redação Jornalística. Atualmente lecciona a disciplina de Jornalismo Comparado na Universidade de Cabo Verde (Uni-CV).

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