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Metade das escolas primárias pode fechar hoje em França

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França enfrenta uma das suas maiores greves na educação em décadas. Esta quinta-feira, 13, cerca de 75% dos professores devem faltar ao trabalho, forçando ao encerramento de metade das escolas primárias do país.

O protesto está relacionado com a maneira como o governo conduz as medidas relacionadas com a Covid-19 no sector da educação. O presidente Emmanuel Macron disse esta semana que o governo estava especialmente orgulhoso de ter mantido as escolas abertas mais do que qualquer outro país no mundo durante a pandemia. “Acredito fundamentalmente que a escolha que fizemos para manter as escolas abertas é a escolha certa”, afirmou.

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Mas o aumento das infeções por Covid-19, impulsionado pela variante Ómicron, altamente contagiosa, criou grandes perturbações nas escolas desde que reabriram no início de janeiro – cerca de 10 mil turmas foram impedidas de assistir a aulas devido a casos entre alunos e funcionários.

Os sindicatos acreditam que o governo está a falhar com as crianças, tendo uma abordagem desorganizada que não oferece a proteção adequada contra infeções para funcionários e alunos. Além disso, dissertam que não há garantia de cobertura de substituição para professores que adoecem e deixam as escolas actuar como gerentes de teste e rastreamento da doença.

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“Os alunos não podem aprender adequadamente porque a frequência varia muito e é impossível implementar um híbrido de ensino presencial e à distância”, anunciou o SUnipp-FSU – sindicato dos professores francês. Este exige também que o governo forneça máscaras aos funcionários, bem como purificadores do ar para ventilar as salas de aula.

Em maio de 2020, uma semana depois de retornar as aulas do ensino infantil e fundamental, o governo francês fechou boa parte das escolas por causa de contágio pelo coronavírus. Na altura, o ministro da Educação explicou que o fecho das escolas não deveria ser motivo de inquietação, mas, ao contrário, uma demonstração de que as autoridades estavam vigilantes. Agora são os professores que decidiram faltar ao trabalho, forçando o encerramento das escolas.

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C/Noticias ao Minuto

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Constanca Pina

Formada em jornalismo pela Universidade Federal Fluminense (UFF-RJ). Trabalhou como jornalista no semanário A Semana de 1997 a 2016. Sócia-fundadora do Mindel Insite, desempenha as funções de Chefe de Redação e jornalista/repórter. Paralelamente, leccionou na Universidade Lusófona de Cabo Verde de 2013 a 2020, disciplinas de Jornalismo Económico, Jornalismo Investigativo e Redação Jornalística. Atualmente lecciona a disciplina de Jornalismo Comparado na Universidade de Cabo Verde (Uni-CV).

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