Mais de 1400 golfinhos foram abatidos nas Ilhas Faroé, território autónomo da Dinamarca, no domingo, durante a tradicional caça destes mamíferos. Os registros desse dia mostram golfinhos se debatendo nas águas, que ficaram vermelhas de sangue enquanto centenas de pessoas assistiam da praia.
A pratica, que que consiste em encurralar os animais com ajuda de barcos para depois serem mortos por pescadores, é legal e já ocorre há muito tempo, sendo considerada uma tradição, reconhecida pelo governo.
Um porta-voz do governo revelou, à France Press, que a captura de golfinhos é “um espetáculo dramático para pessoas pouco habituadas à caça” e referiu que as caçadas são “bem organizadas e totalmente regulamentadas”.
No entanto, este ano o número de animais abatidos ultrapassa em muito a média de 2020, por exemplo, terão sido mortos 600 golfinhos, enquanto em 2021 num só dia – domingo passado – morreram mais de 1.400 golfinhos.
Para os defensores da prática, a caça aos mamíferos marinhos é uma forma sustentável de coletar alimentos da natureza e uma parte importante de sua identidade cultural. Ativistas pelos direitos dos animais, por outro lado, consideram o massacre cruel e desnecessário.
A caça de 12/9 não foi diferente, e diversos grupos conservacionistas internacionais criticaram os caçadores pela matança. Mas a escala da quantidade de animais mortos na praia de Skalabotnur chocou muitos moradores e recebeu críticas até de grupos envolvidos na prática.
Segundo Bjarni Mikkelsen, biólogo marinho das Ilhas Faroé, os registros mostram que este foi o maior número de golfinhos já morto em um dia no território autônomo da Dinamarca. O recorde anterior era de 1.200 em 1940.
Fonte: Seashepherdglobal.org