Elizabeth Truss apresentou, esta quinta-feira, a demissão do cargo de Primeira-ministra do Reino Unido, após 45 dias no poder. Este foi o mandato mais curto de um chefe do Governo do Reino Unido. O segundo foi o de George Canning, que exerceu funções durante 119 dias, antes de morrer em 1827.
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O anúncio – que durou apenas dois minutos – foi feito pela própria em Downing Street e ocorreu cerca de 24 horas depois ter enfrentado pela primeira vez a oposição no parlamento britânico, onde foi duramente criticada, garantindo: “Eu não sou uma desistente”.
Nas declarações desta quinta-feira, Liz Truss começou por afirmar que assumiu o cargo “num momento de grande instabilidade económica e internacional”. O Reino Unido esteve “muito tempo condicionado pelo baixo crescimento económico”, afirmou, relembrando que foi eleita pelo seu partido com um mandato para mudar isso.
A primeira-ministra frisou ainda que o seu governo cumpriu com as contas de energia e com o corte no seguro nacional e definiu uma visão para uma economia com baixos impostos e alto crescimento – “que tiraria vantagem das liberdades do Brexit”.
“Reconheço que, dada a situação, não posso cumprir o mandato para o qual fui eleita pelo Partido Conservador. Portanto, falei com a Sua Majestade o Rei para notificá-lo de que estou a renunciar ao cargo de Líder do Partido Conservador”, declarou.
Liz Truss permanecerá no cargo de Primeira-ministra até que seja nomeado um sucessor. Entretanto, o líder do Partido Trabalhista, Sir Keir Starmer, pediu eleições gerais imediatas. Num comunicado publicado após a renúncia de Liz Truss, e citado pelo The Guardian, Starmer afirmou: “O Partido Conservador mostrou que não tem mais um mandato para governar”.
Também o líder democrata liberal, Sir Ed Davey, pediu eleições gerais: “Não precisamos de outro primeiro-ministro conservador a saltar de crise em crise. Precisamos de eleições gerais agora e os conservadores fora do poder”.
C/ TVI.pt e DN.pt