As sondagens à boca de urna indicam que a extrema-direita conquistou neste domingo as disputas legislativas na Itália, um dos países de eleição dos emigrantes cabo-verdianos, considerado a terceira economia da União Europeia. Apurados os resultados de 59.772 secções de voto (de um total de 60.399), o partido liderado por Giorgia Meloni, Fratelli d’Italia (Irmãos de Itália), surge na liderança com 26,19% dos votos e será a primeira mulher a governar o país.
No conjunto, a coligação de direita e de extrema-direita obtém 44,10% dos votos nas legislativas de domingo, pelo que pode governar sem grande oposição. O bloco de centro-esquerda, liderado pelo Partido Democrático, conquista 26,11%, enquanto o Movimento 5 Estrelas obtém 15,41 por cento.
Depois da Suécia, onde a extrema-direita chegou ao poder nas legislativas de 11 de setembro, a Itália dá também uma guinada clara à direita. Estes resultados já foram saudados pelo presidente do partido Chega, que diz estar seguro que estes “ventos de mudança” irão também chegar a Portugal. Para André Ventura, líder do partido da extrema-direita luso, as eleições na Itália abrem caminho a uma reconfiguração política da Europa.