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Demitidos os procuradores que trabalharam nas investigações criminais contra Donald Trump

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O Departamento de Justiça dos Estados Unidos anunciou ontem que vários procuradores e oficiais de justiça que trabalharam nas duas investigações criminais contra Donald Trump, e que poderiam ditar a condenação do actual Presidente, foram demitidos. A decisão, segundo o jornal The New York Times, foi tomada pelo procurador-geral interino, James McHenry. Este alega não ser possível ter a certeza absoluta de que esses magistrados iriam implementar “fielmente” a agenda do novo presidente norte-americano.

“O funcionamento adequado do governo depende criticamente da confiança que os superiores depositam em seus subordinados. Dado o seu papel significativo na acusação do Presidente, não acredito que a liderança do Departamento possa confiar em vocês para ajudar na implementação fiel da agenda do Presidente. Como resultado, nos termos do Artigo II da Constituição e das leis dos Estados Unidos, o seu emprego no Departamento de Justiça está, por meio deste, encerrado, e vocês são removidos do serviço federal com efeito imediato”, determina uma carta do Procurador-geral interino James McHenry. 

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Um relatório do procurador especial Jack Smith, publicado há duas semanas pelos media norte-americanos, indica que Donald Trump teria sido condenado pela alegada tentativa de anular o resultado eleitoral de 2020 caso não tivesse vencido agora. No documento é dito que o procurador “defendia que as provas eram suficientes para obter e sustentar uma condenação em julgamento”.

Jack Smith demitiu-se do Departamento de Justiça três dias depois de entregar o relatório ao Procurador-geral dos EUA, Merrick Garland. Esta demissão não é surpreendente, uma vez que Trump tinha dito que uma das primeiras coisas que faria quando regressasse à Casa Branca seria afastar o procurador especial.

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Trump reagiu à demissão acusando Jack Smith de empreender “uma caça às bruxas com fins políticos”, que também atribuiu à justiça norte-americana.

C/Dn.pt e CNNbrasil.com.br

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Kimze Brito

Jornalista com 30 anos de carreira profissional, fez a sua formação básica na Agência Cabopress (antecessora da Inforpress) e começou efectivamente a trabalhar em Jornalismo no quinzenário Notícias. Foi assessor de imprensa da ex-CTT e da Enapor, integrou a redação do semanário A Semana e concluiu o Curso Superior de Jornalismo na UniCV. Sócio fundador do Mindel Insite, desempenha o cargo de director deste jornal digital desde o seu lançamento. Membro da Associação dos Fotógrafos Cabo-verdianos, leciona cursos de iniciação à fotografia digital e foi professor na UniCV em Laboratório de Fotografia e Fotojornalismo.

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