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Decreto-lei de Bolsonaro sobre armamento permite que brasileiros comprem armas de guerra

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Os brasileiros vão poder comprar e ter em casa uma arma militar, poderosa arma de guerra até agora só permitida às Forças Armadas. A revelação foi feita após análise mais detalhada de especialistas ao decreto sobre armas assinado há dias pelo presidente Jair Bolsonaro e que já é alvo de inúmeras ações contrárias na justiça.

O decreto, que provocou uma forte discussão sobre armas no país ao permitir a civis a compra e o uso de armas até ao momento de calibres que eram exclusivos da polícia, aumentou quatro vezes o poder de fogo daquelas que pessoas comuns podem comprar, e que até agora era muito restritivo. Esse detalhe do decreto cujo alcance só agora foi percebido, autoriza qualquer cidadão a comprar uma arma cujo disparo liberte uma energia de até 1620 joules, a chamada energia cinética, quando até à publicação do decreto só eram permitidas armas de até 407 joules.

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Nos novos parâmetros, perceberam agora os especialistas, enquadra-se o temido Fuzil (ou rifle) militar T4, fabricado no Brasil pela Taurus, e cujo disparo liberta uma força cinética de 1300 joules. Arma militar de assalto, o T4 no Brasil só é usado pelo Exército devido ao seu elevado potencial ofensivo, e nem a maior parte das polícias pode tê-lo.

De acordo com um alto executivo da Taurus, desde que Bolsonaro assinou o decreto que permite aos brasileiros comprarem armas e andarem com elas, o que até agora dava prisão, a empresa já recebeu mais de dois mil encomendas do T4. A fabricante diz que tem condições de entregar as armas de guerra em até três dias ao comprador e que só está à espera de uma maior clarificação do decreto para o fazer legalmente.

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C/Cmjornal.pt

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Kimze Brito

Jornalista com 30 anos de carreira profissional, fez a sua formação básica na Agência Cabopress (antecessora da Inforpress) e começou efectivamente a trabalhar em Jornalismo no quinzenário Notícias. Foi assessor de imprensa da ex-CTT e da Enapor, integrou a redação do semanário A Semana e concluiu o Curso Superior de Jornalismo na UniCV. Sócio fundador do Mindel Insite, desempenha o cargo de director deste jornal digital desde o seu lançamento. Membro da Associação dos Fotógrafos Cabo-verdianos, leciona cursos de iniciação à fotografia digital e foi professor na UniCV em Laboratório de Fotografia e Fotojornalismo.

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