Centenas de homens enfurecidos tomaram de assalto um aeroporto na república russa do Daguestão na noite de domingo, em busca de cidadãos israelitas e judeus, depois de se ter espalhado a notícia de que um avião estava a chegar de Telavive com destino a Moscovo. Vídeos publicados na plataforma X mostram vários manifestantes muçulmanos dentro do aeroporto de Makhachkala abrindo e arrombando portas para terem acesso a espaços restritos, com o intuito de descobrir passageiros israelitas.
Muitos conseguiram mesmo chegar à pista de aterragem em resposta a um apelo lançado na plataforma de mensagens Telegram para se dirigirem ao aeroporto antes da chegada dos voos provenientes de Israel. Deveriam igualmente revistar aviões e automóveis à procura de israelitas e judeus como protesto contra a guerra entre Israel e Hamas na Faixa de Gaza, que já provocou milhares de mortos. Algumas das pessoas tentaram entrar num avião que tinha chegado de Telavive, de acordo com vídeos publicados nas redes sociais
A imprensa noticiou a detenção de pelo menos 60 pessoas e de 20 feridos. Entre os feridos estão nove polícias, dois dos quais foram hospitalizados, segundo o departamento do Ministério do Interior para o distrito federal do Cáucaso do Norte. Esta fonte acrescentou que foram identificados mais de 150 participantes nos tumultos. Só após várias horas é que as forças de segurança conseguiram evacuar a infraestrutura aeroportuária.
Devido aos tumultos, a agência de aviação russa fechou o principal aeroporto do Daguestão, desviando voos. A situação já está sob controlo conforme o governo da República do Daguestão.
O incidente levou Israel o gabinete do Primeiro-ministro israelita Benjamin Netanyahu a instar a Rússia a proteger os seus cidadãos. O incidente foi condenado pelos Estados Unidos, que classificou os actos como manifestações antissemitas e afirmaram estar inequivocamente ao lado de toda a comunidade judaica.
No terreno, a guerra está a ganhar mais intensidade. Ontem, Israel anunciou que a sua força aérea atacou 600 alvos num único dia, incluindo na área universitária de Al-Azhar, em Gaza. Nos locais, diz ter atingidos armazéns de armas, esconderijos e pontos de concentração de operacionais do Hamas.
C/Dn.pt