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Campanha antirracismo no futebol italiano usa imagens de macacos e gera críticas

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A divulgação de uma campanha da Lega Calcio contra o racismo no campeonato italiano de futebol saiu-lhes um tiro pela culatra. Isto porque decidiram usar nada menos que imagens coloridas de macacos, da autoria do artista Simone Fugazzoto, que acabaram por provocar uma onda de contestação.

Na última segunda-feira, a organização decidiu exibir obras do artista italiano Simone Fugazzotto em sua sede como forma de ressaltar o compromisso contra a discriminação e foi muito criticada. Inicialmente, a Lega Calcio disse que a exibição era para “ressaltar o compromisso do mundo do futebol contra todas as formas de discriminação e tem como objetivo espalhar os valores da integração, do multiculturalismo e da irmandade”.

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Os quadros estampavam três chimpanzés com diferentes colorações de olho. Segundo o autor, famoso por obras envolvendo macacos, a ideia era afirmar um conceito de igualdade e irmandade. No entanto, grupos de combate ao racismo consideraram isso uma piada doentia. As pinturas geraram fortes críticas em redes sociais fora da Itália e reações negativas de clubes como Milan e Roma.

“Essas criações são um ultraje, elas serão contraproducentes e continuarão a desumanização das pessoas de origem africana. É difícil entender o que a Série A estava pensando, quem eles consultaram?”, diz um comunicado do grupo Fare, entidade que luta contra o racismo.

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O futebol italiano tem sido marcado por casos de racismo nesta temporada. O atacante belga Romelu Lukaku e o italiano Mario Balotelli, por exemplo, sofreram insultos raciais de torcidas adversárias durante partidas recentes. O brasileiro Dalbert, da Fiorentina, e Kessié, do Milan, também foram alvos de ofensas nos últimos meses. Na temporada passada, Moise Kean, hoje no Everton da Inglaterra, e Koulibaly, do Napoli, também foram sofreram abusos racistas.

C/Globo.com

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Kimze Brito

Jornalista com 30 anos de carreira profissional, fez a sua formação básica na Agência Cabopress (antecessora da Inforpress) e começou efectivamente a trabalhar em Jornalismo no quinzenário Notícias. Foi assessor de imprensa da ex-CTT e da Enapor, integrou a redação do semanário A Semana e concluiu o Curso Superior de Jornalismo na UniCV. Sócio fundador do Mindel Insite, desempenha o cargo de director deste jornal digital desde o seu lançamento. Membro da Associação dos Fotógrafos Cabo-verdianos, leciona cursos de iniciação à fotografia digital e foi professor na UniCV em Laboratório de Fotografia e Fotojornalismo.

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