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Agressão a imigrantes em Portugal: PSP sob investigação (c/video)

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A Polícia portuguesa de Segurança Pública (PSP) está sendo acusado de espancar uma família de origem angolana, no passado domingo, depois ter sido chamada para repor a ordem entre moradores locais, que se encontravam num desentendimento. O caso aconteceu no Bairro da Jamaica, Seixal, de onde partiram moradores indignados para uma manifestação, na segunda-feira, em Lisboa, em frente ao Ministério da Administração Interna para denunciar o que consideraram ser violência racista por parte dos agentes. O caso está sendo alvo de uma averiguação interna, segundo a própria PSP, depois de o director-geral pedir à Inspecção Nacional da Polícia de Segurança Pública para abrir um processo de inquérito, “sem prejuízo de outras averiguações que venham a ser instauradas por outras entidades competentes”. A família vai também pedir apoio jurídico ao consulado de Angola com o objectivo de apresentar queixa contra os policiais da equipa de intervenção rápida.

Em declarações à agência Lusa, Massunga Henriques, da direcção da Associação de Desenvolvimento e Defesa dos Angolanos em Portugal, considerou que a actuação da polícia não foi a mais correta. “Agrediram membros da mesma família, exageraram naquilo que deveria ser a sua acção, tudo em função do histórico do bairro e de ideias preconcebidas“, sublinhou. Por seu lado, Mamadou Ba, Presidente da SOS Racismo Portugal, afirma que a polícia não pode exercer a sua responsabilidade com “critérios racistas”, sublinhando que a sua associação vai apresentar queixa no Ministério Público contra a agressão do jovem angolano Hortêncio Coxi.

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Por seu lado, a PSP afirma ter sido apedrejada por jovens ao chegar ao Bairro da Jamaica,  pelo que teve de recorrer à força para manter a ordem. Entretanto, os moradores indignados organizaram uma manifestação ontem em Lisboa para denunciar o racismo da Polícia. Durante a manifestação houve confrontos entre agentes e manifestantes, o que resultou na prisão de 4 pessoas, que vão a julgamento sumário no dia 7 de Fevereiro.

Tudo começou no domingo, no bairro da Jamaica, no Seixal, distrito de Setúbal, no seguimento de uma festa de moradores locais, que acabou em altercações, tendo sido chamada a Polícia para resolver a situação. Segundo a associação de defesa dos angolanos e dos imigrantes, de forma geral a intervenção da polícia de segurança pública foi desproporcionada, com espancamentos de uma família inteira de origem angolana. As forças policiais teriam sido movidas mais pelo racismo contra moradores de origem angolana do que para respeitar procedimentos legais e manter a ordem, segundo a associação.

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Um dos membros da família, identificado como Hortêncio Coxi, acabou por ser ferido na cabeça, quando tentava defender a mãe, que estava a ser espancada por um dos polícias, segundo a SOS Racismo em Portugal. O jovem foi levado para o hospital da CUF, onde recebeu tratamento médico, mas no desenrolar dos acontecimentos viria a ser acusado de agressão contra as forças da ordem tendo ainda ficado sob termo de identidade e residência.

Fonte: RFI

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Kimze Brito

Jornalista com 30 anos de carreira profissional, fez a sua formação básica na Agência Cabopress (antecessora da Inforpress) e começou efectivamente a trabalhar em Jornalismo no quinzenário Notícias. Foi assessor de imprensa da ex-CTT e da Enapor, integrou a redação do semanário A Semana e concluiu o Curso Superior de Jornalismo na UniCV. Sócio fundador do Mindel Insite, desempenha o cargo de director deste jornal digital desde o seu lançamento. Membro da Associação dos Fotógrafos Cabo-verdianos, leciona cursos de iniciação à fotografia digital e foi professor na UniCV em Laboratório de Fotografia e Fotojornalismo.

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