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Advogado da mulher que acusa Neymar de violação deixa o caso após ser associado a roubo de tablet

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O advogado de Najila Trindade, mulher que acusa Neymar de violação, abandonou o caso após ter sido acusado por esta de ter roubado o tablet onde estará o vídeo completo gravado em Paris no encontro com o jogador. Daniel Garcia de Andrade já tinha afirmado que deixaria o processo caso não houvesse provas do alegado assalto ao apartamento de Najila que, na versão da mulher, teria sido a origem do desaparecimento do tablet. A polícia fez perícias ao apartamento e ainda não apresentou o resultado, mas Najila decidiu agora voltar-se contra o advogado.

“A senhora Najila acusou-me de ter planeado este arrombamento. Disse que esse tablet poderia estar comigo, segundo o marcador de localização dela. Eu não preciso comprar ou roubar um tablet, eu tenho os meus dispositivos eletrónicos. Nunca tive iPhone, sempre tive Android, nunca tive iPad, parece-me que é um. E o cliente tem uma postura repentina e totalmente contrária à ética, ao bom senso e à verdade nesse caso, a respeito do arrombamento e de esse tablet estar em minha posse. Adorava que estivesse, porque em tese estará ali o vídeo que ela alega ter sete minutos, material esse que até hoje eu não tenho. Seria ótimo. Seria o primeiro a ver e a entregá-lo à polícia. Porque eu acredito que, se estiver alguma coisa relevante ali para reforçar a condição de vítima da senhora Najila, ela deveria usá-la e não reter a informação”, referiu o advogado, citado pelo UOL Esporte.

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Daniel Garcia de Andrade falou ainda em “situações estranhas” e da falta de confiança para continuar a defender Najila: “Jurei defender e proteger o meu cliente, mas jamais irei participar em qualquer coisa escusa contra valores de idoneidade, moral e a lei. Espero que a verdade seja a melhor advogada de todos”.

Oportunidade perdida

O advogado de Najila Trindade lamentou este desfecho, dizendo que a cliente tinha aqui uma oportunidade de dar voz às mulheres que são violadas e que muitas vezes não têm a coragem necessária para expor a situação.

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“Isso é muito triste porque a senhora Najila tinha a grande oportunidade de ajudar tantas mulheres no Brasil e no Mundo que sofrem violência e se calam. Ao invés de ela fortalecer esse segmento que infelizmente existe, ela enfraquece com esse tipo de postura. Então não serei um advogado a colaborar com qualquer situação ilícita cometida pelo meu cliente”, concluiu.

A modelo que acusa Neymar de a ter violado em Paris, em maio deste ano, prestou novo depoimento sobre o caso esta sexta-feira, dia 7 de junho. 

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Depois de ter sido divulgado um novo vídeo, esta semana, onde é vísivel a alegada vitima a agredir Neymar, as autoridades brasileiras voltararam a requerer o depoimento da modelo para saber da restante gravação do vídeo, a fim de esclarecer o que aconteceu na noite após a alegada violação. 

No depoimento prestado na 6ª Delegacia de Defesa da Mulher de São Paulo, e cujo o ‘Jornal Nacional’ teve acesso, Najila Souza diz não conseguir entregar os restantes seis minutos que faltam da gravação porque afirma que a sua casa foi assaltada na quinta-feira, dia 6, e o tablet onde estavam as imagens foi um dos objectos levados durante o assalto.

Quanto ao facto de não ter sido apresentada queixa pelo furto ocorrido no seu apartamento, a jovem brasileira explica que não o fez por não saber ao certo o que tinha sido levo pelos assaltantes e que só mais tarde é que deu pela falta do tablet, de um relógio algum dinheiro.

C/cmjornal.pt

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Kimze Brito

Jornalista com 30 anos de carreira profissional, fez a sua formação básica na Agência Cabopress (antecessora da Inforpress) e começou efectivamente a trabalhar em Jornalismo no quinzenário Notícias. Foi assessor de imprensa da ex-CTT e da Enapor, integrou a redação do semanário A Semana e concluiu o Curso Superior de Jornalismo na UniCV. Sócio fundador do Mindel Insite, desempenha o cargo de director deste jornal digital desde o seu lançamento. Membro da Associação dos Fotógrafos Cabo-verdianos, leciona cursos de iniciação à fotografia digital e foi professor na UniCV em Laboratório de Fotografia e Fotojornalismo.

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