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Economia

Vlu “aliviado” com a notícia do licenciamento atribuído ao ferry Nôs Mar d’Canal: “Estamos ‘quebrados’, precisamos facturar”

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O empresário Valdemiro Ferreira manifestou-se ontem aliviado com a notícia da atribuição da licença para o navio Nôs Mar d’Canal iniciar as operações comerciais na linha marítima entre as ilhas de S. Vicente e de Santo Antão. A novidade foi comunicada pelo ministro do Mar durante a visita que Abraão Vicente efectuou ao renovado barco e depois de alguma tensão sobre o licenciamento da companhia Naviera Armas Cabo Verde para voltar ao activo no sector marítimo.

“Sinto-me aliviado e realizado neste momento”, afirmou Vlu, como é conhecido, que conta fazer a primeira viagem oficial do renovado ferry logo amanhã. Como diz, a empresa está “quebrada” devido ao investimento “diabólico” efectuado e precisa começar a facturar o quanto antes.

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Vlu espera receber o competente documento hoje de manhã e concretizar o primeiro transporte de passageiro e carga entre Mindelo e Porto Novo já amanhã. “Como disse o ministro, estamos liberados”, realçou Vlu em declarações ao Mindelinsite, após mostrar cada recanto do navio ao ministro Abraão Vicente ontem à tardinha. Uma visita que, diz, estava a aguardar faz algum tempo, não só por serem amigos, mas fundamentalmente para mostrar ao governante a qualidade do trabalho realizado.

Após a visita guiada, Abraão Vicente manifestou-se bem impressionado com o nível do conforto da embarcação. Segundo o ministro, Nôs Mar d’Canal pode oferecer uma viagem de qualidade aos passageiros, desígnio que o ministério do Mar está a tentar construir no sector marítimo. “Queremos que o mar deixe de ser um caminho de turbulência obrigatório para quem não tem a alternativa de viajar de avião. No caso desta linha, já fazia falta um barco que oferecesse um serviço de excelência”, opinou o governante.

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Segundo Vicente, a remodelação feita ao ferry, um investimento em torno de 3,5 milhões de euros, parece muito com a ilha de S. Vicente, pela minúcia dos detalhes. E vê-se, conforme o ministro, que a tripulação está motivada e ansiosa para começar as viagens.

Coube a Abraão Vicente a missão de anunciar a concessão da licença de operador marítimo aos funcionários e proprietários do barco. Assim que chegou às portas do salão de passageiros comunicou aos presentes que tinha acabado de assinar a documentação pelo que o barco estava liberado para arrancar as viagens de imediato. Uma notícia que despoletou uma salva de palma dos presentes.

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“Da nossa parte sempre houve vontade de trabalhar para cumprirmos as leis cabo-verdianas. Creio que houve o entendimento de que não haveria espaço para novas concessões, mas, pelo histórico do navio e por ter recebido um aval do Estado para concretizar as mudanças, não fazia sentido não entrar na linha após cumprir a lei”, defendeu o referido ministro.

Segundo Vicente, todos os pareceres jurídicos dizem que pode haver licenciamento e autorizada a linha solicitada pela companhia Naviera Armas Cabo Verde. Após o pedido de licenciamento, e uma vez recebida a declaração dos tripulantes do IMP, conforme o governante, não restava outra opção que não fosse atribuir a autorização para o barco regressar ao activo.

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Kimze Brito

Jornalista com 30 anos de carreira profissional, fez a sua formação básica na Agência Cabopress (antecessora da Inforpress) e começou efectivamente a trabalhar em Jornalismo no quinzenário Notícias. Foi assessor de imprensa da ex-CTT e da Enapor, integrou a redação do semanário A Semana e concluiu o Curso Superior de Jornalismo na UniCV. Sócio fundador do Mindel Insite, desempenha o cargo de director deste jornal digital desde o seu lançamento. Membro da Associação dos Fotógrafos Cabo-verdianos, leciona cursos de iniciação à fotografia digital e foi professor na UniCV em Laboratório de Fotografia e Fotojornalismo.

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