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Economia

RAMAO ministra formação para agentes ligados ao mar de São Vicente e do Maio

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A célula em Cabo Verde da Renascença Africana das Mulheres da Africa Ocidental ministra na sede da Organização das Mulheres de Cabo Verde, no Mindelo, uma formação sobre Mutualismo e o Mar com participação de agentes de São Vicente e do Maio. A iniciativa, que se enquadra num projeto financiado pela Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura (FAO), tende a apostar em passar experiências às associações ligadas ao mar, das comunidades costeiras de forma a conseguirem em conjunto driblar as adversidades que aparecem no terreno.

“O mutualismo é um tema que existe há mais de 700 anos no mundo, mas que aqui em Cabo Verde é pouco conhecido. Temos que trabalhar juntos para debelar a pobreza que atinge comunidades mais carentes e sobretudo a mulher”, disse Josefina Chantes, a presidente da Associação das Mulheres da África Ocidental – Célula de Cabo Verde (RAMAO).

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Esta formação faz parte de um conjunto de iniciativas desenvolvidas em seis meses de duração do projeto e tem como foco a aposta na mudança de mentalidade das pessoas. Desta forma, este projeto, que tem a duração de seis meses e que já está prestes a terminar, tende a reforçar as capacidades das associações piscatórias que lidam com “enormes dificuldades” no dia-a-dia. “Temos a necessidade de continuar a trabalhar mentalidades porque, embora este projeto vá terminar, continuaremos no terreno porque sabemos que o cabo-verdiano gosta de trabalhar sozinho, isoladamente. Já tivemos experiências no passado de cooperativas que não resultaram por este motivo”, assegura Josefina Chantre.

O atelier envolve as iniciativas costeiras, dirigido aos pescadores e peixeiras das zonas piscatórias e participam pessoas do Calhau, São Pedro e Salamansa e da ilha do Maio. “Temos que ter sempre um olhar diferenciado para as associações, sobretudo no reforço das suas capacidades para que possam ir mais além”, diz Chantre.

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Nos dois dias que acontece a formação será tratado do último tema, em que irão tentar despertar nos formandos um sentimento de união em tempo de sufoco.

De acordo com Josefina Chantre, cada iniciativa é sempre uma oportunidade de irem ao encontro das comunidades que no terreno labutam pelo sustento, mas que precisam ainda de ferramentas para que sejam alavancadas e poderem participar no processo de desenvolvimento. Promete que embora o projeto termine agora, o RAMAO irá continuar no terreno.

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Kimze Brito

Jornalista com 30 anos de carreira profissional, fez a sua formação básica na Agência Cabopress (antecessora da Inforpress) e começou efectivamente a trabalhar em Jornalismo no quinzenário Notícias. Foi assessor de imprensa da ex-CTT e da Enapor, integrou a redação do semanário A Semana e concluiu o Curso Superior de Jornalismo na UniCV. Sócio fundador do Mindel Insite, desempenha o cargo de director deste jornal digital desde o seu lançamento. Membro da Associação dos Fotógrafos Cabo-verdianos, leciona cursos de iniciação à fotografia digital e foi professor na UniCV em Laboratório de Fotografia e Fotojornalismo.

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