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Posse de Jorge Maurício como presidente da CCB suspensa devido a providência cautelar da lista concorrente

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A tomada de posse de Jorge Maurício como Presidente da CCB foi cancelada devido a uma providenciar cautelar da lista concorrente, liderada por Rafael Vasconcelos. Na sequência desse polémico processo eleitoral, que terminou com a anulação da candidatura da chamada lista TED – Tecido Empresarial Dinâmico -, o grupo encaminhou o caso para as instâncias judiciais com o intuito de anular a deliberação social que elegeu, por lista única, os novos órgãos sociais da CCB.

Para Rafael Vasconcelos, há várias questões jurídicas que levaram à impugnação da Assembleia Geral, que deu vitória ao grupo encabeçado por Maurício. Uma delas, diz, o facto da empresa do Presidente da Mesa da Assembleia Geral constar da lista de Jorge Maurício, sendo pois, “árbitro” e “jogador” ao mesmo tempo. Além disso, salienta esse gestor, a falta de transparência e de ética estiveram evidentes não só nesse dia, mas também durante a campanha.

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Rafael Vasconcelos Lopes relembra que, quando informou sobre a intenção de concorrer à Presidência da CCB foi-lhe dito que a AG da CCB estava prevista para Novembro e posteriormente, e de forma repentina, houve alteração da data para 4 Setembro, o que implicou uma mudança drástica de atuação da sua campanha. “Notamos que a CCB não estava disposta para sucessão e mudanças! Claramente houve um bloqueio por parte da própria CCB, não permitindo o alargamento da base dos associados para não haver mais votantes (estatuto diz que só após três meses o associado tem direito a votar)“, frisa Vasconcelos. Este afirma que a lista concorrente já tinha iniciado uma corrida às procurações, com “jogos de influência e uso de desinformação para com os associados atuais da CCB”.

Segundo Rafael Vasconcelos, não se percebe o motivo do comunicado de empossamento para o dia 30 de Setembro, se todos sabiam da providência cautelar. “Porquê, mesmo com a acção judicial, marcaram a data para empossar o Maurício?“, questiona Vasconcelos, que abordou este jornal para denunciar essa medida da CCB. Este lembra que essa Câmara tem como objetivo aproximar empresários, reforçar laços entre associados, mas que “situações antiéticas e de antidemocráticas são, de todo, contrárias à essência dessa instituição.

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Este jornal tentou falar com Belarmino Lucas, presidente-cessante da CCB, mas foi impossível estabelecer o contacto, pelo que iremos publicar as suas explicações caso considerar conveniente.

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Kimze Brito

Jornalista com 30 anos de carreira profissional, fez a sua formação básica na Agência Cabopress (antecessora da Inforpress) e começou efectivamente a trabalhar em Jornalismo no quinzenário Notícias. Foi assessor de imprensa da ex-CTT e da Enapor, integrou a redação do semanário A Semana e concluiu o Curso Superior de Jornalismo na UniCV. Sócio fundador do Mindel Insite, desempenha o cargo de director deste jornal digital desde o seu lançamento. Membro da Associação dos Fotógrafos Cabo-verdianos, leciona cursos de iniciação à fotografia digital e foi professor na UniCV em Laboratório de Fotografia e Fotojornalismo.

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