A cidade de Santa Maria vai acolher de 21 a 23 de outubro a oitava edição da Expotur, a feira de turismo, que este ano aparece associada ao artesanato. Promovida pela Câmara de Turismo de Cabo Verde, em parceria com a FIC, SA e o Ministério do Turismo, a exposição regressa após algum tempo de interregno, ditado pela pandemia da Covid-19, e com uma nova face, assumindo a dupla dimensão do turismo e do artesanato. Além disso, a pretensão dos promotores é conquistar o mercado da CEDEAO para driblar o problema da sazonalidade do turismo no arquipélago.
“Cabo Verde, mais precisamente as ilhas do Sal e da Boa Vista, já têm, de certa forma, os seus mercados de procura turística consolidados, nomeadamente o inglês, o alemão, português e francês; mercados turísticos emergentes, o norte europeu (checo, sueco, etc.), que procuram estas ilhas entre os meses de outubro a abril, definindo claramente a época alta e a época baixa no turismo”, expõe a FIC. Assim sendo, prossegue a administração da Feira Internacional de Cabo Verde, tudo isso mostra que a sazonalidade é um aspecto muito presente no sector e que precisa ser trabalhado. E uma das medidas a ser tomada, na perspectiva dos promotores, é a diversificação da procura turística no tempo e no espaço, atraindo novos mercados para a chamada época baixa, isto é, entre maio e setembro.
O mercado da costa ocidental africana e alguns países de expressão portuguesa, como Angola, surgem como uma das metas no quadro da diversificação da procura turística em Cabo Verde. Isto tendo em conta a proximidade territorial, facilidade de circulação no arquipélago – por não ser preciso a emissão de visto – e a semelhança da língua. “Para isso, uma das modalidades para apresentação de Cabo Verde é convidando potenciais operadores turísticos desses países para virem conhecer o país, os projetos turísticos já implementados e em fase de implementação, e estabelecerem parcerias profícuas com as suas congéneres cabo-verdianas”, frisa a Câmara do Turismo de Cabo Verde.
Conforme esta instituição, é neste sentido que se juntou à FIC e ao Ministério do Turismo para a realização da Expotur e acrescentar o artesanato no certame como forma de conceder aos artesãos nacionais a possibilidade de mostrarem as suas obras e enaltecer o sector da indústria criativa.