A nona edição da feira Expomar irá envolver 46 expositores de Cabo Verde, Espanha, Portugal e Estados Unidos, que vão ocupar todos os 60 stands projectados pela FIC, enquanto organizadora do evento. A informação foi avançada esta manhã à imprensa por Angélica Fortes, administradora-delegada da Feira Internacional de Cabo Verde, que perspectiva resultados satisfatórios devido ao nível de envolvimento das empresas e instituições inscritas nessa exposição temática, que decorre nos dias 29 e 30 de setembro e 1 de outubro nos armazéns da Enapor, das 17 às 22 horas, com entrada gratuita.
As empresas e instituições envolvidas irão expor produtos e serviços ligados ao sector da economia marítima, como aquacultura, investigação marítima, inspeção, comércio de materiais de pesca, telecomunicações navais, reparação, turismo náutico, ensino superior…
Segundo Angélica Fortes, a maior dificuldade que a FIC encontrou foi convencer os gestores a participar na feira Expomar, que, para além de ser temática, tem uma menor envergadura que a feira internacional. Isto porque, lembra, faz 3 anos que as exposições foram suspensas devido a pandemia, por isso estavam relutantes em acreditar no regresso dessa actividade. Além disso, prossegue, Mindelo ficou sem o seu espaço tradicional de feira nos pavilhões da Lajinha com a construção do hotel Sheraton. Neste sentido, a alternativa encontrada pela FIC foi solicitar os armazéns da Enapor, no Porto Grande do Mindelo.
Enquanto parceiras da FIC, as Câmaras de Comércio estão envolvidas na organização das actividades paralelas, como as conferências internacionais. Neste quesito, segundo Gil Costa, secretário da CCB, decidiram dar especial atenção ao turismo náutico. Deste modo, planearam uma conferência internacional sobre os desafios da actividade náutica no espaço da Macaronésia, com o envolvimento de especialistas das Canárias, Cabo Verde, Açores e Madeira. Estes vão apresentar temas como a observação de baleias, pesca desportiva, do aproveitamento do surf enquanto actividade económica…
Gil Costa enfatiza que resolveram dar enfoque ao turismo porque Cabo Verde partilha com as demais regiões da Macaronésia características particulares. Exemplifica com a observação de cetáceos, em menor dimensão do que nos Açores, e ainda das tartarugas. Enfatizou, no entanto, que a pesca desportiva, nomeadamente do blue marlin, já tem uma expressão interessante nos corredores entre as ilhas de S. Vicente, Santo Antão e S. Nicolau.
Como normalmente acontece, estão previstos encontros directos entre os expositores interessados em estabelecer parcerias.