O Movimento para o Desenvolvimento de São Vicente (MDSV) considera que o novo Inspector-Geral da Inspecção-Geral das Actividades Económicas, nomeado através da Resolução n.40/2020 16 de novembro, Paulo Jorge Monteiro, está castrado nas suas funções. Segundo Maurino Delgado, pende sobre a sua cabeça a “espada daqueles que, na pratica, controlam o poder”
Em comunicado, este informa que o Governo deu por finda a comissão de serviço de Elisângelo Monteiro à frente da IGAE, o que era previsível, tendo em conta que as pessoas pediram a sua cabeça.“Primeiro foi o candidato às autárquicas do MpD em S. Vicente, Augusto Neves, que justificou os maus resultados eleitorais alcançados, dizendo publicamente que enfrentou os partidos políticos adversários, mais o Sokols e a IGAE”, explicou.
De acordo com este activista, o candidato do MpD meteu a IGAE nessa disputa, na sequência das inspecções feitas em São Vicente que levaram ao encerramento de algumas padarias por falta de condições sanitárias, que o mesmo candidato classificou de inoportunas. “Depois foi a Câmara do Comércio de Barlavento a posicionar-se também contra as inspecções feitas pela IGAE”, reforçou, para mostrar que muita gente queria a cabeça do IG.
Foi neste quadro de conflito que, afirma, foi dada por finda a comissão de serviço do senhor Elisângelo Monteiro. Maurino Delgado diz que o Governo cedeu a pressões de determinados interesses, perturbando desta forma o normal funcionamento da Administração Pública. “Foi um auto-suicídio porque, quando a AP não funciona, o Governo também não funcional.”
É por isso que este activista alega que o novo IG está castrado nas suas funções. Defende ainda que levar a AP a funcionar para lá dos ciclos eleitores e interesses outros é a luta dos cabo-verdianos na senda do desenvolvimento.