O IMar está a aproveitar a feira Expomar, que começou anteontem e termina hoje, para relançar a prática do processamento do pescado, uma antiga valência que esteve em banho-maria nos últimos tempos. O cardápio inclui chouriço e presunto de peixe, basturma de atum, cavala fumada e atum fumado, que são oferecidos ao público para degustação.
Segundo Albertino Martins, presidente do Instituto do Mar, o tratamento do pescado esteve parado desde a criação do IMar, mas decidiram fazer um reajuste nos estatutos para resgatarem essa actividade, que tinha a sua relevância no tempo do extinto INDP (Instituo Nacional de Desenvolvimento das Pescas).
“Retomamos algo que outrora teve um papel importante no domínio da formação. Com a Escola do Mar queremos repassar o nosso conhecimento no domínio do processamento do pescado”, informa.
O IMar apresenta, no entanto, outras valências no seu stand, que vão da investigação haliêutica à oceanografia. Na parte da investigação científica, realça Martins, são feitas análises laboratoriais a peixes comprados no mercado para se determinar o sexo, tamanho, período de desova e o potencial comercial.
No âmbito da oceanografia, realça que o IMar costuma recolher amostras da água do mar com recurso ao navio Islândia para estudos ao nível da salinidade, oxigénio diluído e outros parâmetros. A partir dos dados, é traçado um perfil de temperatura e níveis de oxigénio da água em determinadas coordenadas. Albertino Martins salienta que tudo o que é recolhido e determinado na vertente da oceanografia tem repercussão na actividade pesqueira.