O Fundo Monetário Internacional aprovou ontem o desembolso de 32.3 milhões de dólares – e não euros como dito anteriormente – para ajudar Cabo Verde a combater os efeitos na economia e na sociedade da pandemia Covid-19. Esse financiamento, disponibilizado no âmbito do Rapid Credit Facility – modelo de assistência financeira concessional com taxa de juro de zero por cento – vai reforçar o investimento no setor da saúde para poder enfrentar os efeitos devastadores da doença e aumentar a capacidade de resposta.
Esse reforço, conforme o Executivo, vai possibilitar o aumento da cobertura da saúde para todos e a todas as regiões do arquipélago e com mais qualidade. Parte do montante, acrescenta o poder central, será canalizada para as medidas que visam proteger o rendimento das famílias mais carentes.
“De referir que, durante os trabalhos de preparação deste importante financiamento com as autoridades cabo-verdianas – particularmente o Ministério das Finanças e o Banco de Cabo Verde -, o Fundo Monetário tem confirmado o desempenho da economia cabo-verdiana como sendo exemplar”, afirma o Governo. No entanto, acrescenta a informação enviada à imprensa, o impacto do surto da pandemia de Covid-19 na economia global e nos fluxos de turismo tem afetado gravemente a economia cabo-verdiana, o que exige medidas de política e o apoio coordenado dos parceiros de desenvolvimento do país.
O Palácio da Várzea enfatiza que a recessão económica mundial em curso, em decorrência da pandemia, resulta da simultaneidade de choques de oferta e demanda, o que torna a situação actual excepcional, com consequências imprevisíveis na renda de uma boa parte das famílias e da população, assim como da rentabilidade das empresas. Este quadro, prossegue, pode provocar perda de empregos a nível nacional.