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Electra assume que dívidas e roubos comprometem o sector energético e promete tomar “medidas severas”

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A Electra assumiu ontem em comunicado que o elevado valor das dívidas dos clientes, aliado ao furto e fraude de energia elétrica, está a causar enormes dificuldades na gestão e sustentabilidade da empresa e de todo o setor energético. Conforme a empresa, a situação é muito mais grave e preocupante no que concerne aos grandes clientes – neste caso as empresas públicas e privadas, os serviços autónomos de água, indústria, sector hoteleiro, padarias, supermercados, centros comerciais e oficinas – e promete tomar “medidas severas”.

“Para além da dívida elevada, a empresa enfrenta outro mal que é o furto e fraude de energia elétrica, um crime cometido por todos os tipos de consumidores, mas com maiores prejuízos e dimensões nas empresas, operadores económicos e bairros de classe média/alta, ou seja, nos chamados ‘clientes que podem pagar, mas não querem’”, acrescenta a empresa de produção e fornecimento de água e energia eléctrica.

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Os clientes, prossegue a Electra, deverão ter a consciência do mal que estão a provocar à empresa e a toda economia do país, “sendo uma obrigação contratual, moral e legal do cumprimento no pagamento das faturas”. O desrespeito por este princípio, lembra, coloca em risco todo o sistema elétrico, desde aquisição de novos equipamentos, manutenções preventivas das máquinas, melhorias e extensões de redes elétricas e de água e a consequente melhoria da qualidade do serviço.

Pelos motivos expostos, a Electra afirma no seu comunicado que está em execução um plano de ação com “medidas severas”, direcionadas aos clientes de todas as localidades e segmentos, a nível nacional, a solicitar a regularização da dívida e pagamento imediato das faturas. Haverá um aviso prévio e a abertura para negociação da dívida, com assinatura de acordos para amortização dos valores. “Em caso de não cumprimento, recorre ao corte do serviço”, assegura a empresa.

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O post da Electra na sua página no Facebook suscitou várias reações. Alguns internautas mostram-se inconformados com a Electra por cobrar a taxa do serviço da TCV, outros acusam a empresa de aplicar uma tarifa cara, falhar com clientes que passam muito tempo à espera da ligação eléctrica nas suas casas e ainda há quem se mostre descontente com o tratamento recebido no atendimento público. Outros mostram-se indignados com o facto de a Electra ser eficaz no corte dos seus serviços aos clientes cumpridores, que recebem logo aviso de corte com uma semana de demora no pagamento da factura, e perguntam como é possível a empresa saber quem são os prevaricadores e demorar tanto tempo a agir, a ponto de a situação colocar em causa a estabilidade do sector energético.

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Kimze Brito

Jornalista com 30 anos de carreira profissional, fez a sua formação básica na Agência Cabopress (antecessora da Inforpress) e começou efectivamente a trabalhar em Jornalismo no quinzenário Notícias. Foi assessor de imprensa da ex-CTT e da Enapor, integrou a redação do semanário A Semana e concluiu o Curso Superior de Jornalismo na UniCV. Sócio fundador do Mindel Insite, desempenha o cargo de director deste jornal digital desde o seu lançamento. Membro da Associação dos Fotógrafos Cabo-verdianos, leciona cursos de iniciação à fotografia digital e foi professor na UniCV em Laboratório de Fotografia e Fotojornalismo.

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