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Comércio Externo: Exportações recuam, importações e reexportações aumentam

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Os dados provisórios do Comércio Externo relativos ao mês de agosto, divulgados hoje pelo INE, mostram um decréscimo das Exportações de 6,3% relativamente ao mês de agosto de 2022. Já as importações aumentaram 61% e as reexportações 34,8% no mesmo período. O deficit da balança comercial aumentou (65,6%) e a taxa de cobertura decresceu 2,7 pontos percentuais.

Os levantamentos feitos pelo Instituto Nacional de Estatística revelam que as exportações totalizaram 518 mil contos, correspondendo a uma diminuição de 35 mil contos (-6,3%) face ao mês homólogo. A Europa continua sendo o principal cliente de Cabo Verde, absorvendo 94,8% do total das exportações. 

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“A Espanha lidera o ranking dos principais clientes de Cabo Verde na zona económica europeia, representando 56,8%, tendo diminuído 8,0 p.p. face ao mês de agosto de 2022. A Itália ocupa o segundo lugar na estrutura das exportações com 25,5%, aumentando 10,2 p.p. Portugal, no terceiro lugar (7,1%), registou uma diminuição de 3,8 p.p. e Chipre está na quarta posição, com 5,5%”, detalha.

Em agosto, refere o INE, os produtos mais exportados por Cabo Verde foram os preparados e conservas, que lideram o ranking com 81,4% (aumentando 16,4 p.p.). Os vestuários ocupam o segundo lugar, com 5,1% (diminuindo 0,5 p.p.), e os artigos para pesca a terceira posição, com 3,4%, em relação ao registado no mesmo mês do ano anterior.

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Quanto às importações, totalizaram 13.867 mil contos, correspondendo a um aumento de 5.252 mil contos (61%), face ao mês homólogo. O continente europeu é o principal fornecedor do país, com 44,5% do montante total (contra 75,6% do mês de agosto do ano transato), seguido da América (42,6%), da Ásia/Oceânia (10,9%), do Resto do Mundo (1,1%) e da África (0,9%). “Os Estados Unidos da América lideram entre os fornecedores de Cabo Verde, com 37,1% do total das importações, com um aumento de 34,2 p.p. em relação ao mesmo mês do ano anterior, seguido de Portugal (25,7%), Espanha (6,4%), França (4,5%), Brasil (4,1%) e Emirados Árabes unidos (3,9%).”

Os dez principais produtos importados, atingiram 69,4% do montante total das importações (contra os 48,5% alcançados por esses mesmos produtos no mês homólogo). São eles aeronaves e outros aparelhos aéreos (36,3%), os combustíveis (11,2%), reatores e caldeiras (3,4%), máquinas e motores (3,3%), veículos automóveis (3,3%) e carnes e miudezas comestíveis (3,0%).

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Ainda segundo a INE, as importações por grandes categorias de bens mostram que, no mês de agosto de 2023, com exceção dos bens intermédios, todas as categorias de bens evoluíram positivamente em relação ao mesmo mês do ano transato: os bens de capital (608,2%), os combustíveis (71,6%), bens de consumo (0,8%). Os bens intermédios diminuíram (17,3%).

Os bens de capital representam 42,4 % e é a principal categoria económica de bens importados por Cabo Verde no mês de agosto de 2023. Seguem-se os Bens de consumo, com (30,1%), os Bens Intermédios, com (16,3%) e os Combustíveis, com (11,2%) registados no mês de agosto de 2023, em comparação com o mesmo mês do ano transato.

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Constanca Pina

Formada em jornalismo pela Universidade Federal Fluminense (UFF-RJ). Trabalhou como jornalista no semanário A Semana de 1997 a 2016. Sócia-fundadora do Mindel Insite, desempenha as funções de Chefe de Redação e jornalista/repórter. Paralelamente, leccionou na Universidade Lusófona de Cabo Verde de 2013 a 2020, disciplinas de Jornalismo Económico, Jornalismo Investigativo e Redação Jornalística. Atualmente lecciona a disciplina de Jornalismo Comparado na Universidade de Cabo Verde (Uni-CV).

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