O clima de negócios em Cabo Verde está desfavorável, segundo o Instituto Nacional de Estatística (INE), que justifica dizendo que o ritmo de crescimento económico voltou a abrandar no quarto trimestre do ano passado registando o valor mais baixo dos últimos 22 trimestres consecutivos.
No comércio em estabelecimentos, o indicador de confiança situa acima da média da série, mantendo no mesmo nível do trimestre homologo, dando sinais de que a conjuntura no sector é favorável. Ainda assim, os inquiridos referiram que, no quarto trimestre do ano findo, a insuficiência da procura e o excesso de burocracia e regulamentações estatais, afetaram o sector.
Já o sector do turismo, manteve a tendência descendente, registando o valor mais baixo em 21 trimestres consecutivos. Também aqui os empresários apontaram a insuficiência da procura, aliados a outros fatores sobretudo relacionados com a pandemia da Covid-19 como principais obstáculos.
O cenário se repete na construção. A conjuntura é desfavorável, com os empresários a destacar a insuficiente procura e o elevado absentismo da mão-de-obra como sendo os principais constrangimentos. Mais a situação é ainda mais grave no comércio em feira, com o indicador de confiança a marcar o valor mais baixo dos últimos 47 trimestres consecutivos.
Na indústria transformadora, o indicador situa-se no valor mais baixo de sempre. A conjuntura no sector é desfavorável, com os empresários a queixarem do excesso de burocracia e regulamentações estatais e outros factores, designadamente a pandemia da Covid-19.
Situação idêntica se verifica no transporte e serviços auxiliares aos transportes. A conjuntura é igualmente desfavorável, resultante da pouca procura e outros fatores, relacionados com a pandemia da covid-19.
