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Desporto

S. Vicente palco do nacional de andebol masculino

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O campeonato nacional de andebol masculino será disputado este ano na ilha de S. Vicente, de 24 a 29 de Julho. A decisão foi comunicada à ARASV pela federação da modalidade, que aprovou uma candidatura apresentada por essa região desportiva há cerca de um mês. A associação de S. Vicente alegou que há vários anos Mindelo não é palco da prova rainha do andebol em sénior masculino e que a sua realização nesta cidade vai representar poupanças financeiras consideráveis, já que a região será representada por duas equipas. Isto devido ao facto de o Atlético do Mindelo ser detentor do ceptro nacional, logo S. Vicente ganhou o direito de ter duas equipas na competição.

“Ficamos satisfeitos com a decisão da Federação Cabo-verdiana de Andebol pelo que vamos iniciar os preparativos para receber as caravanas e assegurar um campeonato de alto nível organizativo. No ano passado recebemos o nacional sénior feminino e foi um sucesso”, diz Luís Fortes, presidente da ARASV, que espera contar com a contribuição da Câmara de S. Vicente, empresas e outras instituições dada a importância desse torneio.

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Para Luís Fortes, a ilha tem toda as hipóteses de fazer uma excelente campanha nessa prova tendo em conta o nível das equipas masculinas. “Vimos isso no jogo entre o Farense e o Liceu Ludjero Lima a contar para a terceira mão da primeira fase dos play-off. Foi uma partida intensa e deixou evidente que qualquer uma das equipas é digna de estar numa prova nacional”, frisa o dirigente.

Na verdade, ontem à noite, as equipas do Farense e do Liceu Ludjero Lima suaram a camisola até o último minuto para garantir o apuramento para a fase final do campeonato regional de S. Vicente e o consequente passaporte para o nacional. Emoção ao rubro dentro do campo e nas bancadas, num jogo disputado ao detalhe e que só foi decidido no prolongamento, após empate a 30 golos no tempo regulamentar. A vitória acabou por sorrir à formação do Farense por 35-31, mas a equipa técnica do Liceu Ludjero Lima decidiu apresentar um protesto. É que, para o técnico Jean Pierre, a arbitragem foi tendenciosa, as suas decisões prejudicaram fundamentalmente a equipa estudantil e tiveram influência no resultado.

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“Fomos sacrificados pela arbitragem do início ao fim do jogo e isso é mau. Quando se erra para os dois lados tudo bem, mas quando isso acontece só num sentido é porque algo vai mal. Qualquer equipa pode perder, mas não desta forma”, comenta o treinador dos “lobos” do liceu Ludjero Lima, que decidiu lavrar um protesto assim que terminou a partida.

Para o lado do Farense, a satisfação pela vitória era evidente. Na opinião do atleta Antão Silva, a equipa mereceu ganhar o jogo. “Houve equilíbrio no marcador e mostramos capacidade de superação nos minutos finais. Enfrentamos uma equipa agressiva, mas temos qualidade e merecemos estar na final do campeonato”, entende Antão Silva. Na sua perspectiva, o Farense agora precisa focar a sua atenção nos jogos que tem pela frente com o Atlético do Mindelo e que irão determinar o campeão da ilha de S. Vicente. A seu ver, quanto mais dificuldades criarem aos campeões em título melhor preparados estarão as duas equipas para o campeonato nacional.

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Kim-Zé Brito

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Kimze Brito

Jornalista com 30 anos de carreira profissional, fez a sua formação básica na Agência Cabopress (antecessora da Inforpress) e começou efectivamente a trabalhar em Jornalismo no quinzenário Notícias. Foi assessor de imprensa da ex-CTT e da Enapor, integrou a redação do semanário A Semana e concluiu o Curso Superior de Jornalismo na UniCV. Sócio fundador do Mindel Insite, desempenha o cargo de director deste jornal digital desde o seu lançamento. Membro da Associação dos Fotógrafos Cabo-verdianos, leciona cursos de iniciação à fotografia digital e foi professor na UniCV em Laboratório de Fotografia e Fotojornalismo.

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Um Comentário

  1. Nao devia ser necessario muitas justificacoes para uma ilha se candidatar a ser o palco do campeonato nacional.
    Em todas as modalidades (incluindo a final do futebol) e em todos os escaloes, masculino e feminino, o palco deveria ser rotativo, comecando em Santo Antao e terminando na Brava, sem saltar nenhuma ilha.
    Simplesmente, uma ilha que, sabendo que numa determinada epoca ela é o palco duma determinada modalidade, caso entendesse que nesse ano ela nao se sente em condicoes de sediar esse campeonato nacional, tem a obrigacao de comunicar essa situacao à respectiva federacao que, deslocaria essa competicao para a ilha imediatamente a seguir.
    Caso nao houver essa comunicacao atempada (inicio da epoca) a ilha sera penalizada.
    Exemplo epoca 2020/2021:
    Santo Antao: Andebol masculino e famenino;
    S.Vicente: futebol masculino e femenino;
    S.Nicolau: basquete masculino e femenino;
    Sal: volei masculino e femenino;
    Boavista: tenis masculina e femenino;
    Maio: futebol de escaloes de formacao masculino e femenino;
    Santiago: boxe
    Fogo: artes marciais
    Brava: ginastica ritmica.
    Ja na epoca seguinte de 2021/2022, simplesmente haveria uma rotacao de todas as competicoes para a ilha imediatamente a seguir.
    A modalidade realizada em Santo Antao numa determinada epoca, na epoca seguinte se realizaria em S.Vicente e assim sussessivamente.

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